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Em greve, professores da Faculdade 2 de Julho fazem nova assembleia para decidir sobre paralisação

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Em greve, professores da Faculdade 2 de Julho fazem nova assembleia para decidir sobre paralisação

A maior parte dos docentes reclama que está com seis meses de salários atrasados, mas alguns professores manifestaram em assembleia que já acumulam 11 meses de atraso

Em greve, professores da Faculdade 2 de Julho fazem nova assembleia para decidir sobre paralisação

Foto: Faculdade 2 de julho - Divulgação

Por: André Uzêda no dia 29 de novembro de 2021 às 15:21

Em greve desde o dia 23 deste mês, os professores da Faculdade 2 de Julho realizam nesta segunda-feira (29) uma nova assembleia para saber se mantém as paralisações ou retornam às atividades. Antes da assembleia, no turno da tarde, o Sindicato dos Professores das Instituições Particulares (Sinpro-BA) se reúne com a direção da instituição para ouvir uma proposta de acordo. 

A maior parte dos docentes reclama que está com seis meses de salários atrasados, mas alguns professores manifestaram em assembleia que já acumulam 11 meses de atraso. Além da remuneração mensal, há férias e 13º salários não pagos, somando-se a isso o atraso no pagamento das contribuições previdenciárias e o recolhimento do FGTS. Outra denúncia é que a faculdade tem usado CNPJs diferentes para cobrar a mensalidade dos alunos e burlar os bloqueiros da Receita Federal. 

"Nós estamos com seis meses de salários atrasados e os que foram pagos foram de maneira fracionada: 5%, 20% 25%... Além disso, nunca foi pago o FGTS. O INSS também é recolhido, mas não é depositado. As férias e 13° não são pagos. No meu caso, tenho outras fontes de renda, mas outros professores não. Sem falar que estamos trabalhando de maneira online, utilizando a nossa internet e energia, basicamente estamos pagando para trabalhar. E isso vem de muito tempo, mas antes era um a dois meses, mas agora já estamos entrando no sétimo mês", diz Karina Oliveira, professora de Administração.

Os alunos, já em final do semestre, têm se queixado da greve, que prejudica o término das aulas. Em nota, emitida na data que a greve foi deflagrada, a Faculdade 2 de Julho diz que "contará com o suporte de professores parceiros, por colaboração, e lançará de mão dos recursos possíveis para que os estudantes não sejam penalizados, enquanto buscamos uma solução para o impasse com os colaboradores da Instituição". 

A direção diz também que "compreende o pleito dos colaboradores, mas se encontra impossibilitada de resolver a questão de forma imediata. Os canais de diálogo foram abertos, inclusive com a representação sindical, pois não há interesse algum de dificultar a solução para uma questão que afeta a todos, independente de cargos ou posição dentro da Instituição"