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Com dívidas de R$ 45 mil, Associação Vó Flor é ameaçada de despejo e arrecada doações

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Com dívidas de R$ 45 mil, Associação Vó Flor é ameaçada de despejo e arrecada doações

Filha de Vó Flor pede ajuda para manter portas de instituição aberta

Com dívidas de R$ 45 mil, Associação Vó Flor é ameaçada de despejo e arrecada doações

Foto: Reprodução

Por: Metro1 no dia 21 de julho de 2022 às 19:45

A filha de Vó Flor, Soraya Fonseca, se emocionou ao pedir ajuda nesta quinta-feira (21) para quitar as dívidas de cerca de R$ 45 mil da instituição que leva o nome da mãe, hoje ameaçada de despejo. Florenice Santos Gomes, a Vó Flor, fundadora da associação beneficente, localizada na Ribeira, em Salvador, morreu aos 92 anos em junho deste ano. 

A Associação Vó Flor é reconhecida pelo trabalho que faz com crianças e idosos em vulnerabilidade da Cidade Baixa desde 1978. Após a morte de Vó Flor, no entanto, o local passa por dificuldades. 

"Hoje temos apenas 30 crianças, quando se pode a gente manda alimento para as casas das crianças porque a gente sabe como que está a fome no Brasil que está grande, e a gente tem que ajudar. A gente tem que fazer o nosso melhor, mas com essa perda dela está mais difícil ainda. Eu tenho uma irmã deficiente, que está comigo. Entrou essa pandemia ficou ruim demais, algumas pessoas ainda ajudam, mas muito pouco. Está tudo vazio lá, a dispensa está vazia. Tem essa dívida de alugueis, já recebi ligação falando de despejo", conta Soraya ao Jornal da Cidade, na Rádio Metropole. 

A filha de Vó Flor se emocionou ao afirmar que precisa de ajuda porque "tudo está muito difícil, muito caro, muito ruim". Ela conta que a associação necessita de alimentos para fornecer às pessoas que todo dia batem nas portas do lar. "Algumas crianças não ficam em casa, mas a gente manda alimento para eles para não ficarem com fome", diz. 

A associação de Vó Flor é atualmente o lar de 30 crianças, envia ajuda externa a 50 outras e beneficia 120 famílias com cestas básicas. "Vó flor dedicou sua vida a ajudar o próximo. Ela dividia o pouco que tivesse com quem "não teria nada", mas espalhava algo que transbordava nela: amor", diz publicação que pede doações nas redes sociais.

A maior parte das dívidas da associação é de alugueis atrasados. Um dos herdeiros do proprietário do casarão localizado na Ribeira ligou para Soraya e afirmou que iria requerer o despejo. 

A mulher pede ajuda para continuar mantendo o lar em funcionamento e realizar o desejo de Vó Flor. As doações podem ser entregues no local, na Casa Azul no Largo da Madragoa, Ribeira (40420-510); também podem ser feitas pelo PIX no celular (71) 98241-9131, em nome de Soraya Macedo Santos Fonseca; e na Vakinha virtual, neste link

A Vakinha criada pelo projeto Olhar de Esperança reúne R$ 3.774,52 em doações, de uma meta de R$ 12 mil. "Nós do Olhar de Esperança estamos aqui para pedir ajuda de vocês para que muitas crianças, jovens e idosos que encontraram seu lar no aconchego da Associação Vó Flor não corram risco de perdê-lo por um débito em aberto no aluguel", escrevem na descrição. Mais sobre o projeto pode ser conferido nas páginas do Instagram @voflor.011 e @olharde_esperança.