Ocupações irregulares geram acúmulo de lixo no Parque de Pituaçu; secretaria não dá resposta

Dentre as atividades que compõem a rotina do diretor teatral Gil Novaes, de 60 anos, está o passeio matinal pelo Parque de Pituaçu, em Salvador, com o seu cachorro. Mas de uns tempos para cá, a paisagem do parque foi acrescida de muito lixo, resultado de ocupações irregulares no local, segundo relata Gil. 

"Tem pouco tempo que vi isso. Junto com o lixo, às vezes vai também muito plástico, vidro", diz. Ainda de acordo com ele, os materiais são descartados pelas pessoas que estão fixando residência ali. "A gente vem observando uma degradação do parque, tá acelerando o número de ocupações", analisa o diretor. Gil acrescenta ainda que estranha as ocupações, já que as casas são bem planejadas e feitas em alvenaria. 

O Parque de Pituaçu é administrado pela Secretaria do Meio Ambiente do Governo da Bahia (Sema), que foi procurada pelo Metro1, mas não se manifestou sobre as construções irregulares e também não respondeu aos questionamentos sobre a quantidade de lixo observada no parque. 

Além dessas questões, o diretor de teatro ainda disse que a insegurança é um outro fator que reduz o número de visitas ao local. Gil lembra que era comum as pessoas rodarem pelo Parque de Pituaçu de bicicleta, mas que esse tipo de passeio quase não é mais feito por causa de furtos em determinados pontos do parque.