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Na surdina, Assembleia faz votação relâmpago e cria novos cargos de confiança

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Na surdina, Assembleia faz votação relâmpago e cria novos cargos de confiança

A Assembleia Legislativa da Bahia não precisa de mais de 10 segundos para gerar novos custos aos cofres públicos. Em uma votação relâmpago na tarde da última terça-feira (1º), os deputados estaduais aprovaram, por meio do Projeto de Resolução 2.405/2015, a criação de três novos cargos na estrutura da Casa: diretor de Serviços Médico-Odontológicos e Assistência Social — com salário de R$ 7.088 —, ajudante de Ordens da Presidência e coordenador de Segurança Patrimonial. [Leia mais...]

Na surdina, Assembleia faz votação relâmpago e cria novos cargos de confiança

Foto: Tácio Moreira/Metropress (arquivo)

Por: Felipe Paranhos e Matheus Morais no dia 02 de março de 2016 às 12:26

A Assembleia Legislativa da Bahia não precisa de mais de 10 segundos para gerar novos custos aos cofres públicos. Em uma votação relâmpago na tarde da última terça-feira (1º), os deputados estaduais aprovaram, por meio do Projeto de Resolução 2.405/2015, a criação de três novos cargos na estrutura da Casa: diretor de Serviços Médico-Odontológicos e Assistência Social — com salário de R$ 7.088 —, ajudante de Ordens da Presidência e coordenador de Segurança Patrimonial. 

Além disso, foi aprovada a Gratificação de Incentivo Funcional aos servidores efetivos com curso superior que ocupem cargos no Grupo de Atividades de Nível Médio (ANM). Agora, a comprovar o diploma e ter curso de especialização com carga horária mínima de 360 horas rendem, cada, 5% a mais para o funcionário.

O projeto, enviado pela mesa diretora da Assembleia, foi votado por aclamação, por meio das rápidas palavras do presidente Marcelo Nilo (PSL): "Os senhores deputados que aprovam permaneçam como se encontram. Aprovado". E acabou.

Apenas o deputado Soldado Prisco (PSDB) se opôs ao PRS 2.405/2015. "Fui contra por uma questão ideológica. O país está passando por um momento complicado, e criação de cargos agora... O país está vendo que todo mundo tem que fazer sacrifício. Então eu não votei [a favor], mesmo a bancada votando favorável. Eu não tenho que segui-los fielmente. Eu tenho que seguir fielmente os meus eleitores, que não querem esta postura", falou ao Metro1.

Em um grupo de WhatsApp, o deputado Leur Lomanto Jr., 1º secretário da mesa diretora, tentou justificar o projeto. "O presidente [Marcelo Nilo] solicitou à mesa a necessidade desses cargos para o serviço médico e o serviço de segurança da Casa. Assim, a mesa aprovou e o plenário da Casa também. Os cargos são da Assembleia, e não dos deputados", afirmou.

A Assembleia Legislativa do Estado da Bahia tem um orçamento de R$ 490 milhões em 2016 — valor 11% maior em relação ao ano passado.

Ouça a votação relâmpago: