Cidade
Casa do Carnaval tem queda de 40% de visitação após cobrança de entrada
"Eu posso afirmar que não tem uma procura tão baixa assim. Como qualquer equipamento, tem que ser maturado para que a gente possa garantir a sua consolidação e a sua perenidade”, justificou o titular
Foto: Valter Pontes/Secom-PMS
Inaugurada em fevereiro deste ano, a Casa do Carnaval de Salvador, no Pelourinho, teve queda de 40% no número de visitantes após a cobrança de entradas.
De acordo com o secretário municipal de Turismo, Cláudio Tinoco, no mês da folia momesca, em que a gratuidade foi oferecida, 4 mil pessoas visitaram o local, enquanto de março a junho foram contabilizadas 4.805 visitas. “Eu posso afirmar que não tem uma procura tão baixa assim. Como qualquer equipamento, tem que ser maturado para que a gente possa garantir a sua consolidação e a sua perenidade”, justificou o titular da Setur, em entrevista à Rádio Metrópole.
Perguntado sobre a tarifa cobrada para entrada no museu, Tinoco disse que o valor do bilhete – R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) – não supre os gastos com o espaço interativo. “A cobrança é uma decisão da administração no intuito de garantir a sustentabilidade. A receita não é suficiente. Fica muito distante, muito longe. A Casa do Carnaval tem um volume muito maior de tecnologia”, disse, ao comparar o complexo à Casa de Jorge Amado, cujo bilhete custa R$ 20.
De acordo com o secretário, a cobrança no Rio Vermelho é 50% menor devido à administração terceirizada do imóvel, que não fica totalmente a cargo da prefeitura.
Facada – Em Recife, por exemplo, o Paço do Frevo, que tem proposta carnavalesca, e o Cais do Sertão, museu interativo, cobram, ambos R$ 10 (inteira), R$ 5 (meia) e oferecem gratuidade para estudantes da rede pública de ensino. "[A Casa do Carnaval] é o único equipamento com administração direta. A gente está finalizando um edital para fazer uma licitação dos quatro equipamentos visando criar condições de maior atratividade", salientou.
Tiro pela culatra – No terceiro piso da Casa do Carnaval há espaço para a instalação de um café bar, prometido desde a inauguração do museu. Pela contradição do secretário ao falar do negócio, o projeto pode nem sair do papel. "É de pequeníssimo porte. Ninguém vai explorar esse café-bar, inclusive por causa da logística e infraestrutura, para poder servir de uma fonte de receita extraordinária, pelo contrário. Mas é fundamental o funcionamento dele", declarou, durante coletiva de imprensa, que lançou o Road Show 2018.
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