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Secretário diz que reabertura do comércio em Salvador pode ocorrer na sexta-feira
De acordo com Léo Prates, atividades comerciais já teriam começado se toda população tivesse seguido as medidas de forma rigorosa

Foto: Valter Pontes / SECOM
O secretário municipal de Saúde, Léo Prates, comentou que a abertura de novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinados ao coronavírus possibilitou a queda da taxa de ocupação desses espaços, um fator determinante para a reabertura do comércio na capital baiana. Em entrevista a José Eduardo hoje (20), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, ele comentou que o esforço do município e do Governo do Estado tem como objetivo garantir um retorno com segurança.
De acordo com o secretário, o retorno ocorreria na sexta-feira, com início da fase 1 de reabertura do comércio. "Abrimos 20 leitos de UTI no Wet'n Wild na sexta-feira e o estado, fruto de uma parceria do governo com a prefeitura, abriu 16 leitos ontem. Estou trabalhando para, entre hoje e amanhã, abrir mais 10 leitos no Sagrada Família e o estado abrir, entre hoje e amanhã abrir mais 9 leitos na Arena Fonte Nova no esforço de ter a retomada. Mantidas essas taxas durante a semana, se daria na sexta-feira", afirmou o secretário.
"Estamos trabalhando para estabilizar essa taxa num patamar ainda mais baixo. Nossa ideia, minha e de Fábio Vilas-Boas, é tentar chegar até sexta-feira a uma taxa de 72% a 73%, fruto desse esforço para que a atividade econômica retome com toda segurança, não só para o cidadão mas para quem trabalha nestes lugares", disse Prates.
Ainda segundo o secretário de Saúde, o debate sobre a reabertura acompanha como a população se comportou com as medidas restritivas. Na avaliação dele, o comércio já teria retornado se as pessoas seguissem as regras impostas pelo município. "Se uma parte da população tivesse compreendido a nossa mensagem, as atividades econômicas já teriam retomado. Essa postura não-disciplinada, com festas e aglomerações em pontos da cidade, trouxe um prejuízo de 60 dias. Meu cálculo é que já poderíamos estar fazendo a reabertura se todas as pessoas da cidade tivessem a sua compreensão da sua participação na saúde pública. Não é só fiscalizar. A gente não pode, falando como cidadão e não como secretário, colocar a responsabilidade no estado ou município. Saúde pública é cada um fazendo sua parte", afirmou.
Questionado, Prates confirmou um temor por uma alta nos casos de coronavírus diante da Fase 1 de reabertura do comércio e das atividades. No entanto, ele aposta em uma folga na taxa de ocupação. Um novo fechamento só seria possível se a taxa de ocupação dos leitos de UTI chegasse a 80%.
"Faz parte de nossa cultura o shopping. Por isso que há uma tentativa do governo e da prefeitura de que os shoppings sejam reabertos com uma taxa inferior aos 75%. O ideal para nós era abrir com 72% para ter uma banda grande até os 80%. Se você puder, fique em casa. Se tiver que fazer alguma coisa, use máscara. Não abriremos bares e restaurantes vinculados aos shoppings para medir o comportamento da população. As pessoas precisam compreender que estamos fazendo a nossa parte", declarou o secretário.
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