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Roubo de fios de cobre no Carmo é 'mistura de Jorge Amado e Gabriel Garcia Márquez', diz cineasta

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Roubo de fios de cobre no Carmo é 'mistura de Jorge Amado e Gabriel Garcia Márquez', diz cineasta

Segundo Claudio Marques, a ação que teve operários e destruição de rua pareceu coisa de cinema

Roubo de fios de cobre no Carmo é 'mistura de Jorge Amado e Gabriel Garcia Márquez', diz cineasta

Foto: Metropress

Por: Matheus Simoni no dia 02 de outubro de 2020 às 13:19


O comentarista da Rádio Metrópole e cineasta Claudio Marques comentou o roubo de fios de cobre ocorrido no Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador, no último final de semana. As investigações para apurar as responsabilidades sobre o caso estão sendo conduzidas pela Polícia Civil. "Realmente é uma história muito boa para falar um pouco de nossas mazelas e entender um pouquinho do que está acontecendo no Brasil. É espetacular", comentou Claudio Marques, em entrevista a Mário Kertész na manhã de hoje (2) na Rádio Metrópole. Ele criticou a atuação da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), responsável pela obra, e da empresa Pejota, que executa a intervenção. 

"Acontece que não teve uma discussão prévia com os moradores, uma apresentação sobre a obra. Ninguém pediu a opinião de nada. Simplesmente chegaram e começaram a obra. Depois começou a pandemia, estamos há seis meses e são quase sete meses de obra. Não se cogitou parar a obra. No domingo, veio uma equipe aqui com os mesmos uniformes azuis da Pejota que estamos acostumados e começaram a fazer uma obra em pleno domingo", narrou o cineasta. 

"Fiquei indignado e sai de minha casa, era na frente de minha casa. Conversei com o encarregado, ele foi bastante gentil e me atendeu, disse que precisava tirar um fio de cobre e uma tubulação morta. Não me contentei, disse que queria falar com o supervisor e o rapaz me acompanhou, falou comigo. Ninguém estava de máscara e eu dizia que continuávamos em pandemia. Muita gente estava incomodada. Acionamos a Conder, acionamos a Pejota e, num primeiro momento, a Conder falou que não tinha nada demais e que estavam tentando adiantar a obra. Confirmaram em áudio que estavam fazendo alguma coisa", acrescentou

Segundo Claudio Marques, a notícia de que se tratava de uma armação surpreendeu os moradores. O caso foi registrado na 1ª Delegacia Territorial (DT), localizada nos Barris. "Depois veio a notícia de que eles não tinham nada a ver e que era uma equipe falsa, que estava roubando os fios de cobre. A informação que me passaram é de uma obra que foi feita há 20 anos atrás, incompleta e que não tinha sido finalizada. A cada momento, chegaram as informações mais diversas e desencontradas", afirmou. 

De acordo com o cineasta, que mora na região, houve uma tentativa da Conder para tentar abafar o caso. No entanto, a imprensa repercutiu a situação. "A Conder, no primeiro momento, pediu que ninguém alardeasse o caso e que seria importante fazer uma investigação sigilosa, mas eu achei que aquilo deveria ser comunicado à imprensa e às autoridades. Todos os moradores estavam achando isso. Entrei em contato com o Correio da Bahia, eles vieram no dia seguinte. A cada dia que passa tem uma novidade e a gente ganha um contorno dessa história, que é uma mistura de Jorge Amado com Gabriel Garcia Márquez", declarou,