Cultura
Cultura
Tiê nega ser fofa: ‘Trabalhe comigo meio período que você vai sair me chamando de megera’
Cantora ainda defendeu a autogestão da carreira pelos próprios artistas: “Não há muito outra opção”
Foto: Tácio Moreira/ Metropress
Conhecida pela suavidade na voz, Tiê afirma que tem tanta força na personalidade quanto doçura. Talvez por isso consiga gerenciar a própria vida de cantora, agenciar a produtora Rosa Flamingo, criada por ela, administrar a carreira de outros artistas e criar duas filhas, de cinco e oito anos.
“Eu não sou fofinha, né? A minha voz tem essa coisa doce. As pessoas pensam que eu sou fofa e eu digo: ‘trabalhe comigo meio período que você vai sair me chamando de megera’. Não é uma fofurice só. Tem mais força”, descreveu-se, em entrevista ao Roda Baiana, da Rádio Metrópole.
A opinião da compositora sobre si tem, segundo ela, o aval de Toquinho, um de mentores dela na vida artística. “Ele me dizia que com essa ‘cara doce’, com o meu ‘bico doce’, eu enganava todo mundo, mas quando eu chegava no camarim eu brigava com o pessoal”, acrescentou.
Tiê narra que começou na carreira de modo independente e, só depois, contatou a gravadora Warner, parceira dela até hoje. “Comecei independente. Paguei tudo, fiz tudo, todo o processo. Comecei com essa autogestão forte e depois acabei vendendo para a gravadora. Eles compraram uma artista pronta, estava tudo organizado”, revelou.
A cantora e compositora se consolida no mercado e, recentemente, emplacou duas músicas em novelas da Globo: “Amuleto”, que estava em o Outro Lado do Paraíso, e “Mexeu Comigo”, trilha da atual Malhação. “Os artistas têm que se autogerir mesmo, não há muito outra opção. O ideal é encontrar parcerias, mas ninguém vai fazer o que a gente quer fazer tão bem quanto a gente porque não tem aquele pique, assim. Vai ficar esperando alguém fazer? Não dá”, explica.
Pontapé – Neta da primeira atriz a protagonizar um beijo na TV, Vida Alves, e filha de uma produtora de televisão, Tiê acredita que tenha sido influenciada de berço, mas o medo de arriscar foi um empecilho para dar o start na carreira.
“As duas me incentivaram a me relacionar com arte. Mas eu demorei muito, eu era muito insegura. Eu ia cantar para quê? Já tinha tanta cantora. Vou cantar as músicas do Chico, pensei. Mas eu comecei a cantar mesmo depois de um problema de saúde. Quando eu fui lançar o primeiro disco eu estava com 29 anos”, relembrou, ao acrescentar que a iniciação tardia na carreira foi benéfica para lhe reforçar uma identidade única. “Na hora em que eu vim [para o mercado] eu estava mais madura. Não musicalmente, mas de idade”, explica.
Leia também: Tiê faz apresentação única no TCA em 13 julho
Assista aqui a entrevista completa:
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.