Cultura
'Fim da taxa de conveniência acaba com a cultura no Brasil', defende Antonio Fagundes
O ator gravou um vídeo para protestar contra a decisão do STF que torna ilegal a cobrança a taxa nas vendas de ingressos pela internet
Foto: Divulgação
Antônio Fagundes protestou contra a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que torna ilegal a cobrança da taxa de conveniência nas vendas de ingressos para shows e eventos feitas pela internet. Em vídeo publicado na coluna de Ancelmo Góis, do jornal "O Globo", o ator diz temer até que a extinção "acabe com a cultura no Brasil".
"Há 53 anos eu faço teatro sem patrocínio. Dependo única e exclusivamente da bilheteria e tenho constatado nos últimos anos que de 70 a 80% das pessoas que frequentam os meus espetáculos compram os seus ingressos através da internet. É justo que se pague uma taxa de conveniência por isso", diz ele.
Na decisão do STJ, da semana passada, a relatora do caso, Nancy Andrighi, afirma que esse tipo de cobrança, pela simples disponibilização dos ingressos na internet, acaba transferindo ao consumidor o risco do serviço. De acordo com ela, cabe à empresa assumir esses custos da operação.
Fagundes contra-argumenta: "É conveniente para essas pessoas pagar para receber o seu ingresso em casa. O ingresso é vendido pelo preço real na bilheteria. Esses 30% que não querem pagar a taxa, compram na bilheteria do teatro. Por isso se chama taxa de conveniência".
A cobrança é praxe em sites especializados em vendas de ingressos e empresas terceirizadas e pode chegar a 15% do valor das entradas. Ainda cabe recurso à decisão, inclusive no STF (Supremo Tribunal Federal), se houver algum questionamento constitucional.
"Se nós eliminarmos esse serviço, nós estaremos acabando com a cultura no Brasil", finaliza. Veja:
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