Petrobras descarta dividendos extraordinários no curto prazo e mira neutralidade na dívida da companhia

A Petrobras informou que não deve distribuir dividendos extraordinários em curto prazo, mesmo com o crescimento da produção previsto até 2030, diante da necessidade de priorizar a redução da dívida da companhia. A meta é que o endividamento bruto, atualmente em cerca de US$ 70 bilhões, seja reduzido para US$ 65 bilhões em 2026, conforme definido no novo plano de negócios.

A empresa projeta manter a dívida líquida estável com o barril do petróleo cotado entre US$ 59 e US$ 63, cenário que deve permitir amortização gradual sem comprometer o fluxo de caixa. Caso os preços continuem baixos, a prioridade será a manutenção da saúde financeira, com foco em projetos de exploração e produção alinhados ao orçamento aprovado.

Apesar dos ajustes, os investimentos previstos entre 2026 e 2030 seguem elevados, com recursos destinados à ampliação da produção no pré-sal e à modernização de infraestrutura. A postura visa assegurar a viabilidade da empresa sem abrir mão da sustentabilidade financeira, o que afasta, por ora, a hipótese de dividendos extras aos acionistas.