Editorial
Mudanças na lei eleitoral abrem 'brechas imorais e indecentes', diz MK; ouça
"Não tem dinheiro para a educação, saúde, pesquisa, infraestrutura zero, obra nenhuma caminha neste país (...) mas tem dinheiro para várias coisas", disse Kertész, em comentário na Rádio Metrópole
Foto: Tácio Moreira / Metropress
Em comentário na Rádio Metrópole, na manhã de hoje (19), Mário Kertész repudiou a decisão da Câmara dos Deputados, que voltou a incluir na lei eleitoral alterações que beneficiam os partidos políticos. As medidas tinham sido derrubadas durante votação no Senado. MK se mostrou "impressionado" com a abertura de "brechas imorais e indecentes" para possíveis irregularidades na prestação de contas, entre outras mudanças.
"Eu fico com vergonha dessa nossa Câmara Federal. Porque, como é que vai e abre brechas, todo tipo de benefício, R$ 1,7 bilhão para a eleição do próximo ano? (...) Não tem dinheiro para a educação, saúde, pesquisa, infraestrutura zero, obra nenhuma caminha neste país, tudo parado, chegando quase ao final do nono mês do governo, mas tem dinheiro para várias coisas. Pois é, esse é o Brasil que vai para a frente", disse.
Outro tema abordado por MK foi a operação policial com atiradores de elite que deixou seis mortos no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. "Diz a polícia que todos estavam envolvidos com o tráfico. Um helicóptero fica passando por cima da favela e atirando. Por mais 'retado' que seja esse sniper, que é o atirador de elite, ele vai acertar exatamente em um bandido? Ele sabe, lá de cima, ele tá vendo o bandido? Porque tá com uma arma na mão, aí vai lá e atira? Quer dizer... Eu não sei, não. O negócio tá tão brabo que o presidente Bolsonaro mandou suspender todo o apoio dado ao governo Witzel", comentou.
Ouça o comentário completo:
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.