
Editorial
'Nós vamos ter que conviver com o coronavírus muito tempo', avalia Mário Kertész; ouça
Âncora da Metrópole comenta principais assuntos do dia e sumiço de Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro

Foto: Matheus Simoni/Metropress
Mário Kertész comentou hoje (21), em editorial na Rádio Metrópole, os principais assuntos desta sexta-feira, como o sumiço do advogado Frederick Wassef, ex-defensor da família do presidente Jair Bolsonaro, os atritos envolvendo o ministro da Economia, Paulo Guedes, e a corrida pela presidência da Câmara dos Deputados. "Alguém aí sabe dar uma notícia daquele célebre, brilhantina, advogado Frederick Wassef? Nunca mais se falou nele, menos ontem no Jornal Nacional, quando disseram que a PGR está investigando uma grana que ele recebeu da JBS para azeitar a delação. Ele sumiu depois que prenderam Queiroz na casa dele. Sumiu, escafedeu-se", disse MK. "As pessoas chegam e somem com uma facilidade. Não era o porretão que entrava no palácio à vontade e ficava durante as cerimônias?", acrescentou.
Sobre o chefe da pasta da Economia do governo Bolsonaro, o âncora falou do desentendimento dele com Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional. Os dois entraram em rota de colisão após desentendimento sobre gastos com obras em meio à pandemia de coronavírus. Para MK, Guedes deixou de ser o ministro mais importante do governo. "Paulo Guedes está sendo passado para trás por um ex-assessor dele, que hoje é ministro, Rogério Marinho. Ele ajudou muito ex-deputados do RN. Dizem que é muito hábil e ajudou muito na aprovação da Reforma da Previdência. Ele agora é o 'enfant gâté', ou seja, o preferido do presidente Jair Messias", disse.
MK também comentou a corrida pela cadeira de presidente da Câmara. Nesta semana, o deputado federal baiano Elmar Nascimento teria deixado revoltado o atual comandante da Casa, Rodrigo Maia. Ambos são do mesmo partido, o Democratas. "Fofoca: Rodrigo Maia estaria p* da vida com o nosso deputado Elmar Nascimento, que está se movimentando para ser candidato a presidente sem antes discutir com a bancada do Democratas, e com Rodrigo também. Ele quando quer uma coisa, vai atrás. Só não conseguiu foi trazer o jogo e cassino para o Brasil. Mas sempre haverá tempo para que isso venha a ocorrer", comentou MK.
Novo normal - Mário Kertész avaliou como será a retomada à normalidade e disse que a situação como era antes talvez jamais retorne ao que era."Nós vamos ter que conviver com o coronavírus muito tempo. Muito. Ninguém espere milagre. Não faço isso para desanimar as pessoas. Ao contrário, é para buscar um novo normal. Eu sou um exemplo disso. Me pus espontaneamente a ser um desses exemplos. Veja bem, eu tenho 76 anos, sou diabético, cardiopata. Portanto, sou considerado uma bomba, um homem de alto risco. No entanto, estou vindo há alguns dias aqui para a rádio tomando todos os cuidados que vamos ter que tomar durante muito tempo, os de risco e os não-risco. Os jovens agora são os grandes transmissores porque muitas vezes não têm sintomas. Vamos ter que conviver com isso, ou você acha que essa pandemia, que talvez seja resolvida daqui a dois anos. É possível, né? Todo mundo espera que não", disse o âncora.
Ele citou ainda as medidas sanitárias e protocolos de segurança adotados pelo Grupo Metrópole para evitar proliferação de coronavírus entre seus funcionários e colaboradores. "Lavo minhas mãos 300 mil vezes por dia. Aqui na rádio, desde que começou iso, nenhum funcionário pega transporte público. Nenhum. Não é somente o pessoal de carro, são os mais humildes. Tem carro e a rádio que vai buscá-los e levá-los. Os ambientes são todos higienizados e a distância social mantida. A limpeza chega a ser uma coisa abusada, sem vacilar um só minuto. Nós vamos ter que nos acostumar com isso, até que e se for resolvido", afirmou MK.
"Ontem a gente viu imagens do Brasil todo, inclusive aqui na Bahia, do pessoal em bar, restaurante e todo mundo coladinho e em festa. A Itália e a Espanha estão com aumento de mortes e contaminação por conta desse exagero das pessoas, assim como o Japão. A gente vai ter que viver assim e vamos ter que nos adaptar a esse novo momento até que volte a ser parecido com o que foi. Igual ao que era antes, não acredito mais", finalizou.
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