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'Portabilidade? Isso não é torcedor', diz Nadgol

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'Portabilidade? Isso não é torcedor', diz Nadgol

Para o ex-atleta do Leão, que foi criado nas categorias de base do Vitória, a formação dos jogadores nas categorias iniciais de um clube é essencial para que haja uma identificação

'Portabilidade? Isso não é torcedor', diz Nadgol

Foto: Matheus Simoni/Metropress

Por: Matheus Simoni no dia 22 de julho de 2019 às 19:15

Ex-jogador da dupla Ba-Vi, o atacante Nadson, o "Nadgol" afirmou não acreditar no fenômeno que surgiu nas redes sociais, batizado de "portabilidade", quando torcedores do Vitória deixam o time para torcer pelo Bahia, e vice-versa. Em entrevista à Rádio Metrópole, o futebolista disse que um torcedor de verdade não abandonaria o time que torce. "Isso não é torcedor", declarou Nadson. "Eu não acredito em torcedor assim. Dificilmente um torcedor do Bahia vira Vitória e um torcedor do Vitória vira Bahia. Esqueça isso, os caras evitam até usar as cores. Cada torcedor tem sua loucura", disse, durante o Jornal da Cidade na tarde de hoje (22). 

Para o ex-atleta do Leão, que foi criado nas categorias de base do Vitória, a formação dos jogadores nas categorias iniciais de um clube é essencial para que haja uma identificação. Atualmente, segundo Nadson, os valores se perderam. "É muito diferente. Principalmente em nossa época. Era amor total, a gente jogava como torcedor. A gente vem da arquibancada, vem de moleque assistindo o profissional e você pega gosto disso. Graças a Deus eu tive o privilégio de ganhar títulos pelo Vitória e ter sido o maior artilheiro das divisões de base, com 285 gols. Acho que o amor é muito grande do jogador que é cria do seu clube", disse o ex-jogador. 

Ainda segundo Nadgol, o atual momento do time é realista sobre a realidade do Vitória. O rubro-negro está na 18ª posição da Série B, dentro da zona de rebaixamento. Para o ex-atacante do Leão, uma permanência na segunda divisão deve ser comemorada. "A prioridade é se manter na Série B. Eu, como ex-atleta, hoje vejo que ficar [na Série B] é um título. Não é fácil pegar um clube como Paulo Carneiro pegou. É difícil demais, temos que ser realistas. Vai melhorar, eu acredito que há uma fase. Todo mundo passa por isso", concluiu.