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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Justiça

Mais da metade dos juízes baianos são brancos, aponta CNJ

Segundo o estudo, 57% dos magistrados se declararam brancos, contra 43% pretos e pardos e nenhum indígena

Mais da metade dos juízes baianos são brancos, aponta CNJ

Foto: Divulgação / TJ-BA

Por: Alexandre Galvão no dia 13 de setembro de 2018 às 15:00

Apesar de a Bahia ter mais de 76% dos habitantes autodeclarados pretos e pardos, o Judiciário e majoritariamente branco, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

Segundo o estudo, 57% dos magistrados se declararam brancos. Pretos e pardos são 43%. Não houve registro de indígena na Corte. 

Nacionalmente, a pesquisa demonstrou que a participação das mulheres no Judiciário ainda é menor do que a de homens – 37% a 63%. Comparativamente com a década de 1990, no entanto, houve crescimento. Naquela época, a participação feminina era de 25% contra 75% do gênero oposto.

O levantamento revelou que as mulheres ainda progridem menos na carreira jurídica em comparação com os homens. Elas representam 44% no primeiro estágio da carreira (juiz substituto), quando competem com eles por meio de provas objetivas, e passam a corresponder a 39% dos juízes titulares. 

No entanto, o número de juízas se torna menor de acordo com a progressão na carreira: representam 23% das vagas de desembargadores e 16% de ministros dos tribunais superiores. 

A idade média do magistrado brasileiro é 47 anos. Ao considerar a faixa etária por segmento, os magistrados mais jovens estão na Justiça Federal, com 13% no intervalo até 34 anos, 49% entre 35 e 45 anos e apenas 9% com 56 ou mais.