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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Internacional

Mortes de imigrantes no Mar Mediterrâneo atingiram nível mais alto em junho

Entre os dias 1º e 30, pelo menos 629 mortes foram confirmadas.; valor é quase o mesmo registrado nos primeiros cinco meses do ano

Mortes de imigrantes no Mar Mediterrâneo atingiram nível mais alto em junho

Foto: Marina Militare

Por: Tayane Rodrigues no dia 21 de julho de 2018 às 07:31

O mês de junho teve o maior número de mortes de imigrantes que tentaram entrar na Europa pelo Mar Mediterrâneo, de um ano e meio até agora, de acordo com dados da OIM-ONU (Organização Internacional para as Migrações das Nações Unidas). Entre os dias 1º e 30, pelo menos 629 mortes foram confirmadas na região, incluindo o Mar Egeu.

O valor é quase o mesmo registrado nos primeiros cinco meses do ano, no período de janeiro a maio. Já em julho o número era de 198 até a quinta-feira (19).

As ONGs que mantêm barcos nas águas internacionais para resgatar os imigrantes – a maioria africanos, ou vindos do Oriente Médio – alegam que a nova política do governo italiano de bloquear o acesso dos navios aos portos do país tem dificultado o salvamento. Elas também denunciam que o governo age contra as leis marítimas por negar ajuda a barcos em perigo.

As ONGs que mantêm barcos nas águas internacionais para resgate de imigrantes – a maioria deles africanos, ou vindos do Oriente Médio – alegam que a nova política do governo italiano de bloquear o acesso dos navios aos portos do país tem dificultado o salvamento. Elas também denunciam que o governo age contra as leis marítimas, uma vez que por nega ajuda a barcos em perigo.

A MSF (Organização Médicos sem Fronteiras) criticou, por meio de comunicado divulgado no dia 12,a rejeição da Itália à chegada dos imigrantes resgatados. "As decisões políticas europeias tomadas durante as últimas semanas tiveram consequências mortais. Foi tomada a sangue-frio uma decisão que deixa homens, mulheres e crianças se afogarem no mar Mediterrâneo. Isso é ultrajante e inaceitável", disse a chefe de emergências da MSF, Karline Kleijer.