Ghosn diz aceitar condições da Justiça para conseguir sair da prisão sob fiança

O brasileiro Carlos Ghosn, se comprometeu hoje (21), a permanecer no Japão e a oferecer garantias de que colaborará com as autoridades para convencer o tribunal a conceder o direito à fiança. O recurso já foi rejeitado uma vez pela Justiça japonesa.

"Prometo respeitar todas e cada uma das condições que o tribunal possa estabelecer", afirmou o ex-presidente da Nissan na nota publicada por um porta-voz, pela agência "Kyodo".

O primeiro pedido de fiança de Ghosn foi negado pela Justiça do Japão, que considerou a possibilidade de fuga do brasileiro do país e destruição de provas por parte do acusado. Apesar da negativa, a defesa entrou com uma nova solicitação, que deve ser julgada hoje.

"Irei ao meu julgamento não só porque estou legalmente obrigado a fazê-lo, mas porque estou impaciente por ter a oportunidade de me defender. Não sou culpado do que me acusam e quero defender minha reputação no tribunal", conclui Ghosn.

Entre as condições que Ghosn estaria disposto a aceitar para ser libertado após pagamento de fiança estão a entrega de seu passaporte às autoridades, não se comunicar com testemunhas e se apresentar diariamente em um local determinado pela Promotoria de Tóquio.