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Sem conseguir voltar ao Brasil, Luiz Mott relata situação em Roma: ‘Virou uma cidade fantasma’

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Sem conseguir voltar ao Brasil, Luiz Mott relata situação em Roma: ‘Virou uma cidade fantasma’

Professor aposentado da Universidade Federal da Bahia contou que, quando chegou à capital italiana, a doença ainda não tinha nenhum caso notificado na cidade

Sem conseguir voltar ao Brasil, Luiz Mott relata situação em Roma: ‘Virou uma cidade fantasma’

Foto: Matheus Simoni/ Metropress

Por: Juliana Almirante no dia 01 de abril de 2020 às 12:32

O professor aposentado da Universidade Federal da Bahia, Luiz Mott, relatou, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (1º), como está a situação em Roma, onde está há mais de um mês, sem conseguir retornar ao Brasil.

Ele contou que, quando chegou à capital italiana, a doença ainda não tinha nenhum caso notificado na cidade. 

“Mas a coisa foi piorando e houve decreto governamental proibindo viagens internas e a única coisa aberta é mercado, farmacia e tabacarias que prestam serviços. A situação é de que virou uma cidade fantasma”, conta.

Ele afirma que havia comprado a viagem de retorno ao Brasil para maio e tentou entrar em contato com a companhia aérea para adiantar o voo, mas não conseguiu. Também comprou passagem com outra companhia, mas o voo acabou cancelado.

“Agora minha esperança é no Consulado do Brasil, onde abriram para as pessoas que querem ser repatriadas e estou esperando. Na verdade, tanto meu médico quanto meus parentes acharam melhor não viajar, porque aqui estou bem instalado em um apartamento e tenho condições como professor aposentado de me manter. Estou assintomático, nem febre, nem dor de garganta. Os voos disponíveis atualmente são terríveis, variam 24 horas, com 3 escalas, passando por 3 aeroportos, é uma loucura em termos de exposição ao coronavírus”, diz.

Ele conta que só sai de casa quando precisa ir ao mercado ou à farmácia. Antes disso, precisa assinar um documento que pode ser retirado da internet, que declara para onde está indo. 

“No mercado, tem uma fila de 5 a 10 minutos para entrar. Porque lá dentro não tem ninguém praticamente, com distância enorme um do outro. Os produtos não estao faltando, o governo garantiu o abastecimento”, afirma Mott.