Política
Cantanhêde critica centralização do poder da Câmara e PGR em única pessoa: "É uma bomba atômica"
Para a jornalista, hoje o presidente da Casa, Arthur Lira (PP), e o procurador-geral da República, o baiano Augusto Aras, têm "bomba atômica" nas mãos, e decidem sozinhos sobre usar ou não
Foto: Reprodução/Radio Metrópole
A jornalista e colunista política do jornal Estado de S. Paulo, Eliane Cantanhêde, criticou, nesta quinta-feira (4), a centralização do poder da Câmara dos Deputados e da Procuradoria Geral da República (PGR) em uma única pessoa.
Para ela, hoje o presidente da Casa, Arthur Lira (PP), e o procurador-geral da República, o baiano Augusto Aras, têm "bomba atômica" nas mãos, e decidem sozinhos sobre usar ou não.
"A presidência da Câmara tem a bomba atômica. Tem a caneta que abre ou não o pedido de impeachment. Foi assim que Eduardo Cunha fez a chantagem contra Dilma (Rousseff, ex-presidente da República), e no fim jogou a bomba atômica. Isso é um superpoder, de uma pessoa só, e cabe a uma pessoa, abrir o pedido de impeachment. E assim como no Judiciário, cabe a uma pessoa, o procurador-geral da República tocar o impedido de investigação do presidente", observou, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metropole.
A jornalista ainda condenou a relação entre a Câmara dos Deputados e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Bolsonaro tem maioria, o Centrão tem maioria. Eles são organizados, eles fazem tudo em conjunto, e tudo em comum acordo com Bolsonaro. Bolsonaro ajuda o Centrão com o orçamento secreto, e o Centrão ajuda Bolsonaro com as pautas dele. Não são pautas do país, do estado ou da nação. São as pautas dele, Bolsonaro, as crenças pessoais dele", disse ela.
Confira a entrevista na íntegra:
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