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Bolsonaro já defendeu urnas eletrônicas e hoje quer apuração semelhante à da Mega-Sena

Política

Bolsonaro já defendeu urnas eletrônicas e hoje quer apuração semelhante à da Mega-Sena

Afirmações sobre o roubo de votos feitas por Bolsonaro continuam, quase 30 anos depois

Bolsonaro já defendeu urnas eletrônicas e hoje quer apuração semelhante à da Mega-Sena

Foto: Isac Nóbrega/PR

Por: Metro1 no dia 04 de agosto de 2022 às 16:33

O presidente Jair Bolsonaro (PL) dificilmente fica satisfeito com as formas de apuração das eleições no Brasil. Em 1993, quando o voto era impresso, o presidente reclamava da não informatização. Na época, Bolsonaro era filiado ao PPR (Partido Progressista Reformador) de Paulo Maluf, e fazia uma defesa da urna eletrônica, que ainda surgia no cenário, como um antídoto contra fraudes que ocorriam no voto impresso.

De acordo com apuração do BBC News, entre 1993 e 1994, Bolsonaro se juntou a militares em manifestações contra o governo eleito, e afirmava preferir "sobreviver na ditadura que morrer nessa democracia". Em 1994, o Legislativo fluminense teve uma nova eleição no segundo turno porque a votação para deputado ocorrida no primeiro turno foi anulada por fraudes eleitorais. Bolsonaro, eleito na disputa cancelada, apoiou a medida: "Claro que roubaram meus votos".

As afirmações sobre o roubo de votos feitas por Bolsonaro continuam, quase 30 anos depois, já com as urnas eletrônicas consolidadas e sem qualquer índice de fraudes eleitorais no sistema de votação eletrônico. Agora, na condição de presidente, Bolsonaro afirmou diversas vezes, sem provas, que o sistema eleitoral não é seguro. 

Nesta quinta-feira (4), repetindo os ataques às urnas eletrônicas, o presidente sugeriu mais uma vez que seja adotado um modelo de apuração de votos semelhante ao da Mega Sena. “Temos que nos preocupar” disse o presidente sobre as urnas. As Forças Armadas enviaram na quarta-feira (3) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nove militares para iniciar a inspeção dos códigos-fonte dos sistemas da urna eletrônica. O trabalho deve durar dez dias. 

Em reunião com pastores da Assembleia de Deus em São Paulo, Bolsonaro afirmou que nos próximos dias pretende levar pessoas à Caixa Econômica Federal para mostrar como é a apuração do prêmio, que, na sua opinião, é mais seguro.