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Tensão marca debate da PEC da Segurança com críticas de Tarcísio e Caiado

Política

Tensão marca debate da PEC da Segurança com críticas de Tarcísio e Caiado

Governadores acusam PT, exaltam números de seus estados e provocam bate-boca na comissão especial

Tensão marca debate da PEC da Segurança com críticas de Tarcísio e Caiado

Foto: Celso Silva / Governo de São Paulo - Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Por: Metro1 no dia 02 de dezembro de 2025 às 14:20

Na véspera da apresentação do relatório da PEC da Segurança Pública, os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ronaldo Caiado (Goiás) fizeram duras críticas à proposta original enviada pelo governo Lula e ao papel do PT nas discussões sobre políticas de combate ao crime. Ambos participaram da comissão especial da Câmara que debate o tema, cujo texto final deve ser divulgado nesta quinta-feira.

Apontados como possíveis pré-candidatos à Presidência em 2026, Tarcísio e Caiado aproveitaram o espaço para destacar números de suas gestões na área da segurança. O governador paulista afirmou que sua administração “extinguiu” a Cracolândia e reduziu índices de homicídios e latrocínios. Já Caiado declarou que Goiás está entre os estados mais seguros do país. A pauta da segurança pública deve dominar o debate eleitoral do próximo ano.

Durante sua fala, Caiado atacou o PT ao afirmar que o partido evita “ficar mal” com facções criminosas e sempre tentou “extirpar a polícia”. As declarações geraram forte reação da bancada petista, que criticou o presidente da comissão, deputado Aluisio Mendes (União-MA), por permitir que os governadores falassem sem limite de tempo. O embate resultou em troca de acusações e bate-boca. O deputado Alencar Santana (PT-SP) chamou Mendes de “baba-ovo”, que reagiu exigindo respeito. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) afirmou que os governadores foram à Câmara “fazer comício”.

Ao comentar diretamente a PEC, Tarcísio classificou a proposta como “cosmética” e incapaz de resolver a insegurança no país. Ele afirmou que o texto representa o reconhecimento de que a lei do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) “não pegou”. Elaborada pelo Ministério da Justiça, a versão original da PEC prevê inserir o SUSP na Constituição e ampliar o papel da União na orientação das políticas de segurança.

Diante de deputados e agentes de segurança presentes na audiência, Tarcísio defendeu que a PEC inclua prisão após condenação em segunda instância, proibição de progressão de regime para criminosos ligados a facções, veto à liberdade em audiências de custódia para reincidentes e cassação de direitos políticos de detentos.

Caiado também pediu aos parlamentares que retomem a previsão de enquadrar facções criminosas na Lei Antiterrorismo e preservem a autonomia dos estados. Segundo ele, cabe aos governadores decidir sobre questões como o uso ou não de câmeras corporais pela Polícia Militar e a concessão de visita íntima a presos ligados a facções.