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Sexta-feira, 05 de abril de 2024

Política

Ausente no debate da TVE, Neto é alvo de críticas dos seus adversários

Marcado por críticas à gestão do atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o debate realizado na noite desta quinta-feira (22) pela TV Educadora teve a presença dos candidatos Alice Portugal (PCdoB), Célia Sacramento (Cláudio Silva (PP), Da Luz (PRTB), Fábio Nogueira (PSOL) e Pastor Sargento Isidório (PDT). Sendo mediado pelo jornalista Bob Fernandes, os eleitores também puderam acompanhar o debate entre os candidatos pela rádio Educadora FM. [Leia mais...]

Ausente no debate da TVE, Neto é alvo de críticas dos seus adversários

Foto: Divulgação

Por: Luiza Leão e Matheus Simoni no dia 22 de setembro de 2016 às 22:48

Marcado por críticas à gestão do atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o debate realizado na noite desta quinta-feira (22) pela TV Educadora teve a presença dos candidatos Alice Portugal (PCdoB), Célia Sacramento (Cláudio Silva (PP), Da Luz (PRTB), Fábio Nogueira (PSOL) e Pastor Sargento Isidório (PDT). Com mediação do jornalista Bob Fernandes, desde o primeiro bloco, até mesmo nas apresentações de propostas dos candidatos, o debate se pautou em ataques e poucas proposições.

Sempre campeão nos índices eleitorais de rejeição, o candidato Da Luz, ao contrário do seu nome, não foi claro ao apresentar propostas e quase plagiou o jingle do prefeito, ao cantarolar que iria “fazer o que ele não fez”, caso fosse eleito. Convicto de que, em caso de reeleição, Neto deixará a prefeitura nas mãos do seu vice para tentar as eleições do Governo do Estado, ele declarou: “estão querendo eleger um prefeito com data de validade vencida”.

Através de pergunta gravada em vídeo, Mário Kértesz perguntou aos candidatos presentes sobre uma proposta clara de melhoria no transporte e mobilidade da cidade. Chamando o prefeito de "tranca-rua miserável", Isidório afirmou que Salvador é a "pior capital no que tange a mobilidade urbana". "Todo mundo sabe que havia um metrô 'calça-curta', que passou mais de 14 anos com dinheiro desviado pelo grupo que todo mundo sabe. O governador tirou isso do papel e, em menos de dois anos botou para andar, já passando do CAB e chegando em Lauro de Freitas", disse ele.

"Temos uma passarela que de hoje que o governo queria estar fazendo. Esse tranca-rua miserável que está em Salvador vai acabar. Eu não sou criança. Se o governador me chamou para disputar a eleição para prefeito, é porque ele está disposto a ajudar", completou Isidório.O candidato ainda mandou um recado para o atual prefeito. "Nos vemos no segundo turno, faraó", olhando para a cadeira vazia de Neto.

Elencando a saúde e o trabalho como prioridades em sua gestão, Alice Portugal criticou as intervenções realizadas no mandato de ACM Neto, nomeando-as como “obras de maquiagem” e afirmndo que algumas delas “embelezam com gosto duvidoso” . A candidata do PCdoB teceu elogios aos projetos do metrô e ao governador Rui Costa, o "parceiro da cidade", segundo ela.

Entrentano, o posicionamento não foi o mesmo adotado pelo candidato Fábio Nogueira, que divergiu da comunista sobre a construção da Ponte Salvador-Itaparica. Com falas iniciadas através do protesto “primeiramente, fora, Temer”, o representante do PSOL criticou a especulação imobiliária, o transporte público e a falta de “prioridades” da gestão do atual prefeito.

Célia Sacramento fez questão de retomar o seu discurso de "rejeitada", gastando o seu tempo de resposta para falar mal do atual prefeito, que não teria sido “transparente” por lhe avisar sobre a escolha de Bruno Reis como seu vice. "12 horas antes da convenção e disse: 'É, Célia. Vai ser Bruno Reis' Lá no meu bairro, isso seria coisa de covarde. Mas ele é da elite, né? Essa coisa de ter ficado tão em cima, não tive tempo de fazer coligação", declarou.

Cláudio Silva não se debruçou muito na questão da ausência de Neto, resolvendo avaliar os gastos nas obras de requalificação da cidade como importantes, até mesmo pelo turismo, que movimenta a economia local. Porém, o candidato ressaltou que tais intervenções precisavam ter acontecido com certo “equilíbro”.