Após votação tensa, Câmara não tem sessão e vereadores entram na mira da articulação política

Após a sessão de votação de ontem (18), na Câmara Municipal de Salvador, que aprovou a revogação da progressão automática de salário para servidores da saúde, a Casa não abriu hoje (19). Um dos motivos é a falta de segurança, pois uma barreira que fica entre o plenário e as galerias foi danificado por manifestantes ontem.

Além da confusão, outro assunto movimentou a Prefeitura de Salvador após a apreciação do projeto. Três vereadores da base do prefeito ACM Neto (DEM) disseram não ao artigo que acabou com a progressão salarial. O inciso, segundo a administração municipal, equilibra as contas da saúde.

O vereador Odiosvaldo Vigas (PDT) não foi à sessão. A ausência foi melhor digerida pela articulação política do que os "nãos" dados por Cezar Leite (PSDB) e Ana Rita Tavares (PMB). O tucano, depois de prometer em outras oportunidades se insurgir contra o Palácio Thomé de Souza, finalmente rebelou-se. Ana Rita foi mais discreta e apenas não votou com o governo.

"Estou fazendo esse vídeo para agradecer a vocês que me ligaram para falar sobre esse projeto. Votei a favor dos servidores. O político precisa respeitar e representar bem a sua base. É importante dizer que sou médico. O meu voto foi o desejo dessas pessoas", afirmou Leite, em publicação nas redes.