Política
ONG de futura ministra é acusada de sequestro e tráfico de crianças indígenas
Há pelo menos três ações judiciais contra a Atini, fundada por Damares Alves
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A ONG Atini, fundada por Damares Alves, futura ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos, é acusada pelo Ministério Público e por indigenistas de sequestro e tráfico de crianças, além de incitação ao ódio contra indígenas.
De acordo com a Folha, há pelo menos três ações judiciais contra a ONG. A Polícia Federal pediu, em 2016, informações à Fundação Nacional do Índio (Funai) sobre supostos “tráfico e exploração sexual” de indígenas, em solicitação que cita a Atini e outras duas organizações.
Em uma das ações movidas contra a ONG, o Ministério Público cita uma criança que foi retirada da guarda de sua mãe e levada para uma chácara da Atini, com a justificativa de que a mãe "portava transtornos mentais e possuía histórico de maus-tratos pelos pais”.
O MP entende que a história "foi retorcida e distorcida até fazer parecer uma adoção comum de uma criança vulnerável de mãe incapaz por um casal de classe média de Volta Redonda" e pede que a criança retorne para a mãe.
Damares se afastou da Atini em 2015. Hoje ela atua como funcionária no gabinete do senador Magno Malta (PR-ES).
A Funai ficará sob responsabilidade da futura ministra a partir de 2019 e ela afirmou que nomeará para a presidência alguém que "ame desesperadamente os índios".
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.