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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Política

Ainda sem incluir militares, Bolsonaro apresenta ao Congresso proposta de reforma da Previdência

Secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse ao G1 que a proposta referente à categoria será entregue em 30 dias

Ainda sem incluir militares, Bolsonaro apresenta ao Congresso proposta de reforma da Previdência

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Por: Clara Rellstab no dia 20 de fevereiro de 2019 às 10:31

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentaram ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), na manhã de hoje (20), a proposta de reforma da Previdência elaborada pelo governo. O prazo da transição será de até 12 anos. 

Bolsonaro permaneceu na reunião por cerca de 20 minutos e deixou o local sem falar com a imprensa. Como especulado, o novo documento é diferente do apresentado e já aprovado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) por comissão responsável pelo tema. 

De acordo com o site G1, com o slogan “Nova Previdência: Justa para todos. Melhor para o Brasil”, a surpresa da proposta ficou por conta dos seguranças públicos englobados no pacote - a proposta de reforma dos militares, no entanto, só será entregue em 30 dias. Foi definida ainda a exigência de 40 anos de contribuição para que os segurados do INSS recebam 100% do salário de contribuição,

Entre os itens presentes no documento, estão uma idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 para mulheres, a ser aplicada após 12 anos de transição. A idade mínima subirá progressivamente durante esse período – que é mais curto do que os 21 anos propostos pelo governo Temer em 2017.

Estiveram presentes na cerimônia também o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o secretário da Previdência, Rogério Marinho e o secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo José Rolim. 

Ainda hoje, a equipe envolvida na reforma fará reunião com governadores para apresentar as novas ideias. À noite, Bolsonaro fará um pronunciamento em rede nacional de televisão.

Próximo passo - Como não aproveitou a proposta de Temer (MDB), que já havia sido aprovada pela comissão especial responsável, um novo processo de tramitação será iniciado no Legislativo. 

Primeiro, terá de passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Depois, será criada uma nova comissão especial sobre o assunto. Caso aprovado, segue para o plenário da Câmara, onde tem de passar por dois turnos de discussão e votação. 

Por último, segue para o Senado. Se for alterada pelos senadores, volta para a Câmara para a cartada final.