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Nos primeiros 200 dias de gestão, Bolsonaro beneficia bases eleitorais

Política

Nos primeiros 200 dias de gestão, Bolsonaro beneficia bases eleitorais

Prioridade concedida a esses grupos é motivo para ataques de partidos da oposição

Nos primeiros 200 dias de gestão, Bolsonaro beneficia bases eleitorais

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Por: Juliana Almirante no dia 22 de julho de 2019 às 09:00

No período dos 200 primeiros dias do governo Jair Bolsonaro, o presidente seguiu caminhos que agradaram aos segmentos apoiadores da sua eleição: militares, policiais, evangélicos, ruralistas e caminhoneiros. 

De acordo com reportagem do Estado de S. Paulo publicada hoje (22), a prioridade concedida a esses grupos é motivo para ataques de partidos da oposição, que enxergam no gesto do Planalto um fator que mantém a polarização política no Brasil.

Bolsonaro cumpriu o prometido de tratar, de maneira prioritária, a facilitação da posse e do porte de armas de fogo, uma pauta dos armamentistas (caçadores, atiradores esportivos e colecionadores). No entanto, a questão divide opiniões entre as polícias, as Forças Armadas e no meio evangélico.

A matéria aponta que o presidente abriu crédito para caminhoneiros; negociou regras mais brandas de aposentadoria às polícias e carreiras federais da segurança pública; ampliou o financiamento destinado a comunidades terapêuticas, em sua maioria, ligadas a igrejas; e ainda deu aval para manter isenta a contribuição previdenciária sobre a produção agropecuária exportada.

Na última sexta-feira, o mandatário pressionou publicamente o Congresso Nacional para conter uma nova ameaça de greve dos caminhoneiros, insatisfeitos com a atualização da tabela do piso mínimo do frete. O presidente quer apoio de deputados e senadores para aprovação de projeto de lei que, entre outras medidas, aumenta a validade da carteira de motorista de cinco para dez anos. 

Já os evangélicos receberam os últimos acenos do presidente, como o afrouxamento de regras fiscais e o compromisso público de indicar para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) um jurista “terrivelmente evangélico”.