Política
Guedes defende nova CPMF em evento com empresários
Ministro acredita que, se a alíquota do imposto for pequena, "não machuca"
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
A volta de um imposto sobre transações financeiras, no formato da antiga CPMF, foi defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na noite de ontem (20), em São Paulo.
O tributo seria uma alternativa à cobrança sobre a folha de pagamento das empresas. Ele deu a declaração a uma plateia de empresários e executivos.
Guedes disse que prefere "abraçar um imposto horroroso" se conseguir desonerar as folhas de pagamento.
"É o [ponto] controverso [da reforma tributária]. Vamos deixar esse dilema. Querem 20% de encargos trabalhistas e 13 milhões de pessoas sem emprego? Deixa do jeito que está. Eu preferiria não ter de recorrer a isso, mas acho a oneração de folha de pagamento um crime contra brasileiros", disse o ministro.
Guedes acredita que, se a alíquota do imposto for pequena, "não machuca". "Quando o Fernando Henrique [Cardoso] lançou esse imposto, todo o mundo apoiou porque arrecada rápido", afirmou.
"Hoje, um jovem vai chegar e ter o primeiro emprego, saindo da faculdade para trabalhar, 1000 de salário e custa 2000. Precisa reduzir os encargos trabalhistas. Entre um imposto horroroso e a opção pela desoneração da folha, prefiro abraçar o feioso", argumentou.
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