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Psicóloga alerta para riscos da terceirização da educação de crianças: “A escola precisa ser parceira da família”
Danuzia Lopes defendeu parceria entre escola e família e apontou riscos do distanciamento dos pais na educação de crianças e adolescentes
Foto: Taís Lisboa/Metropress
Em entrevista concedida nesta quarta-feira (17) ao Jornal da Cidade, a psicóloga Danuzia Lopes destacou a importância da parceria entre família e escola no acompanhamento de crianças e adolescentes. Segundo ela, a ausência desse diálogo favorece o avanço de transtornos de comportamento.
“A escola precisa ser parceira da família e a família precisa também estar dentro da escola para acompanhar. Não dá para terceirizar. A gente vê muito esse termo sendo usado. Infelizmente eu já recebo os adolescentes com sintomas, com transtornos, mas a gente não chama os pais para estar junto fazendo a parceria a risco da terceirização, que é 'você é a instituição de ensino aprendizado, a escola eduque. Eu estou entregando o meu filho aqui por um turno'”, afirmou.
Danuzia defendeu que as escolas criem formas de interação mais efetivas com as famílias, indo além de apontar falhas. “A escola precisa desenvolver modelos de acompanhamento e de interseção com a família, não no lugar de estar identificando falhas e fazendo aquelas palestras longas, mas especialmente apontando aonde que se pode investir no nível de dedicação, de apoio, de compreensão, de escuta a esse filho para que não precise chegar ao ponto da escola só tá apontando as falhas”, disse.
A psicóloga também chamou atenção para os sinais iniciais de transtorno de conduta entre adolescentes. “O transtorno de conduta, que é o que esses adolescentes já indicam a apresentar, ele já começa lá atrás com uma oposição às regras, com uma dificuldade social de lidar com as regras, de uma baixa tolerância à frustração, de uma falha de controle nos impulsos”, explicou.
Ela alertou ainda para a necessidade de atuação conjunta. “A escola junto com a família, a escola no lugar do saber, está preparando a família para compreender esse comportamento e instrumentalizar a família para lidar bem no sentido de colaborar para o desenvolvimento”, completou.
Confira a entrevista na íntegra:
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