'Hygia não colocou maternidade José Maria de Magalhães Netto no padrão', diz Vilas-Boas

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, falou sobre a saída da Hygia da gestão da maternidade José Maria de Magalhães Netto. "Foi feito um processo licitatório, entrou a Hygia, que não conseguiu colocar a maternidade no padrão que a gente queria, iniciamos o processo licitatório para seleção de nova OS [organização social], mas a Hygia entrou com um mandado de segurança", contou, em entrevista à Rádio Metrópole. 

Ainda segundo o chefe da Sesab, o IGH, instituto contratado para gerir a unidade, foi o vencedor do contato de emergência. "Assumiu ontem e paralelamente vamos fazer outro processo [definitivo]", informou. 

Críticas a ACM Neto - O secretário de Rui voltou ainda as críticas ao prefeito ACM Neto (DEM). De acordo com Vilas-Boas, a gestão municipal distorce dados da atenção básica de saúde. "Se você ou o prefeito se der o trabalho de buscar no site da saúde ele vai encontrar que, em junho de 2017, a cobertura populacional estimada de equipes de saúde da família, que são a estratégia mais importante da atenção básica, que faz as prevenções, vai às casas das pessoas, realmente bota pra colocar o espirito do médico de família, era de 27,3%. Em maio de 2018, ela está em 25,8%. Houve uma redução em Salvador", apontou.

Outro lado – Titular da pasta na prefeitura, Luiz Galvão rebateu, sob o argumento de que "os ânimos estão acalorados nessa véspera de eleição". "Mas o mais importante é cada um cuidar da sua parte. Salvador tem feito seu planejamento em função da cobertura básica. Estamos entregando muitas obras e ainda vamos entregar várias em 2018. Temos mais de 10 unidades de mais de 50% das obras concluídas. O mais importante é isso, os números estão avançando, a cobertura está aumentando e a população vai ser cada vez melhor assistida pela prefeitura. Os números estão aí para ser apurados, levantados. Salvador tinha uma cobertura de 18%. Nós fechamos o ano com 45,7%. Com o novo Reda que está na rua, a gente vai conseguir reduzir um pequeno déficit que tem na rede e a expectativa é de que a gente termine 2018 com 50% de atenção básica", estimou.