Saúde
Após fala de Prates, presidente de entidade médica desconhece salário de R$ 15 mil na prefeitura
Robson Moura rebateu declaração de secretário da Saúde, que havia afirmado que os médicos se negam a trabalhar em Ilha de Maré por falta de estrutura
Foto: Matheus Simoni/Metropress
O presidente da Associação Bahiana de Medicina, Robson Moura, rebateu, hoje (14), em entrevista à Rádio Metrópole, as declarações do secretário de Saúde de Salvador, Leo Prates, sobre a falta de médicos em Ilha de Maré.
O titular da Saúde do município havia afirmado que os médicos, que ganhariam R$ 15 mil, se negam a trabalhar na localidade por falta de estrutura.
No entanto, Robson diz não tem conhecimento de vencimentos nesse valor. "Eu desconheço esse número. Pode ser que tenha, mas procurei ao máximo no que foi possível. O funcionário de carreira da prefeitura, médico concursado, de 40 horas, ganha em torno de 6 mil reais, com alguns agregados, chega a 10 e 11 mil", afirmou.
Para o representante da entidade médica, os profissionais necessitam ter melhores condições de trabalho, salário e contratação. Ele ainda reclama que a ilha é acessível apenas por barco e não tem cais para o desembarque.
"Existem duas unidades de saúde lá e tem uma dificuldade imensa. Médico precisa de três coisas para trabalhar: condição de trabalho adequada, boa remuneração e segurança jurídica do que ele está fazendo. O problema é que as três coisas não estão acontecendo. Então é fácil dizer que está pagando R$ 15 mil e que médico não está querendo ir para lá. A condição do lugar é adequada a isso?", questiona.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.