Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Saúde

/

Secretário diz que BA busca novas rotas sem passar pelos EUA para comprar respiradores

Saúde

Secretário diz que BA busca novas rotas sem passar pelos EUA para comprar respiradores

"É um momento absurdo que vivemos hoje”, avaliou Fábio Vilas-Boas

Secretário diz que BA busca novas rotas sem passar pelos EUA para comprar respiradores

Foto: Matheus Simoni/ Metropress

Por: Juliana Almirante no dia 03 de abril de 2020 às 10:29

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, disse, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (3), que o estado busca alternativas para adquirir respiradores necessários para atender pacientes graves de Covid-19.

Uma carga comprada pelo governo da Bahia ficou retida no aeroporto de Miami, com a suspeita de que os EUA pagou mais pelos produtos, e o governo agora tenta encontrar novas rotas, sem passar pelo país.

“Estamos acionando uma rede de cooperação internacional, com contatos em vários países do mundo, que nos ajudam a encontrar rotas que não passem pelos EUA. Até isso é difícil, se vir pelos EUA corre o risco de confisco e tem que achar rotas alternativas. Não é fácil. É um momento absurdo que vivemos hoje”, avaliou o secretário.

Segundo Vilas-Boas, o governo conseguiu comprar uma nova carga dos equipamentos com outro fornecedor, que deverá nos entregar, ao longo dos próximos 15 dias, 600 respiradores, e depois mais 400. “Parte disso vai ser compartilhada com os estados do Nordeste, em uma compra coletiva”, afirmou.

O secretário explica que a dificuldade em adquirir equipamentos tende a se agravar com o avanço da doença.

“Se você comparar isso com uma guerra primitiva, na savana, em que os animais saem disputando a carniça de outro animal, é exatamente isso que está acontecendo. Existe uma falta de respiradores, de ventiladores mecânicos no mundo. Muitos fornecedores não estão respeitando contratos de compra e preferem pagar multas e repassar o respirador a quem ofereceu mais.  Isso é preocupante porque a doença avançou nos EUA e está indo para o Oriente Médio. Vai pegar aqueles shakes milionários e quem não conseguiu comprar equipamento até agora vai ficar em uma situação muito difícil”, lamentou.