Saúde
'Longevidade deveria ser ensinada desde criança', avalia jornalista
Mariza Tavares lança livro "Longevidade no cotidiano: a arte de envelhecer bem"
Foto: Metropress
A jornalista, escritora e professora da PUC-Rio Mariza Tavares comentou os caminhos para envelhecimento saudável da população em meio às turbulências do cotidiano. A comunicadora foi entrevistada por Mário Kertész na manhã de hoje (6), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole. Para Tavares, o tema deveria ser uma debatido severamente pela sociedade. Ela é autora do livro "Longevidade no cotidiano: a arte de envelhecer bem", lançado pela editora Contexto.
"É uma causa de todos nós. Se não somos velhos, idosos, não tenho preconceito com a palavra, seremos um dia. A outra alternativa é muito ruim. Todo mundo quer ter uma vida longa e plena. Eu acho que é um assunto tão importante que eu acho que a gente tinha que ensinar longevidade desde pequenininho, desde criança. A gente vive uma maratona hoje em dia e não uma corrida de 100 metros. Se você se preparar desde cedo, prestar atenção e cuidar de si mesmo, que são várias coisas em nossas vidas, você vai conseguir a longevidade", afirmou a jornalista.
Na avaliação dela, parte do problema é a luta para diminuir o preconceito com pessoas idosas e a forma como cada um envelhece. "Uma das coisas que eu acho que todo mundo tem que abraçar como uma missão é lutar contra o preconceito que ainda existe e é forte. Quanto mais a gente falar sobre o assunto, mais a gente consegue colocar o dedo na ferida. Eu acho que todo mundo, quando falo da importância da longevidade, há algumas coisas para se construir essa longevidade ativa. A gente ganhou um bônus. A humanidade está vivendo muito mais, mas não adianta viver muito mais se a gente não vive com qualidade", disse.
Ainda de acordo com Tavares, três diretrizes devem reger os caminhos da longevidade. "A primeira coisa que a gente tem que zelar desde cedo é a saúde, o que os gerontólogos chamam de capital físico", comenta, reforçando a necessidade de se buscar qualidade de vida através de exercícios, boa alimentação e qualidade do sono.
"Outro capital que você tem que zelar muito, porque também não adianta estar bem fisicamente, mas estar solitário, é o capital social. A gente ter laços afetivos, família e a amigos ajuda muito como uma rede de proteção. Tem um monte de estudo que equivale solidão, que rima com depressão e é o equivalente a fumar 15 cigarros por dia. Não adianta, é como você faz seu corpo adoecer", destaca Maria Tavares.
"Outra coisa é o capital intelectual, para se manter afiado. Esse ano, estou de licença na PUC, mas eu sempre começo o semestre letivo perguntando o que as pessoas querem fazer daqui a 40 anos. Eu sou você daqui a 40 anos. Para quem tem 18, 19 ou 20 anos, daqui a 40 anos é ficção científica. Mas a gente chega lá, não demora muito para chegar lá", finaliza.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.