Bahia
Antiga Odebrecht, Novonor foca em renovação para comprovar nova fase da empresa
Para Guilherme Abreu, grupo quer comprovar processo de mudança e evolução após escândalos de corrupção
Foto: Metropress
Responsável por Pessoal, Comunicação e Organização do Grupo Novonor, Guilherme Abreu foi entrevistado por Mário Kertész na Rádio Metrópole hoje (21) e deu detalhes sobre a nova fase do conglomerado, que antes levava o nome de Odebrecht. Atingida em cheio por escândalos de corrupção desbaratados pela Operação Lava Jato, a empreiteira precisou se renovar para tentar comprovar que estava com uma cara nova e distante das práticas que corromperam a imagem ao longo dos últimos cinco anos.
"Não foi uma decisão fácil. Após mais de sete décadas carregando este nome, que muito nos orgulha, nós passamos por algumas mudanças e transformações. A palavra é evolução. Depois do advento da Lava Jato, evidente que esse nome ficou muito associado a práticas que não trazem orgulho nesse passado recente embora a gente tenha um acúmulo enorme de todo o passado remoto da empresa. Foi um processo de mudança e evolução", afirmou Abreu.
Ainda de acordo com o dirigente do Novonor, a empresa passou por uma reformulação estrutural e foi acompanhada de perto por auditores de diversas áreas do mundo. "Como parte do acordo de leniência firmado com os governos dos Estados Unidos, Brasil, Suíça e depois com alguns outros países, fomos monitorados por monitores independentes indicados pelo Departamento de Justiça dos EUA. Ao final de meados desse ano, recebemos a certificação de que o nosso sistema de conformidade era robusto, forte e estávamos livres desse monitoramento. Ao final deste 2020, nós tivemos aprovado o nosso plano de recuperação judicial por 93% dos nossos credores, tanto em valor de crédito como em número absoluto de credor", destacou.
Questionado por MK, Guilherme Abreu classificou como primordial o fator da juventude ter tomado lugar de destaque na repaginação da antiga Odebrecht. Segundo ele, diante das muitas caras novas, a empresa passou a enxergar novas possibilidade e comprovar que estava digna a se reinventar. "Foi talvez o principal fator que nos motivou a empreender nessa evolução. Números são sempre importantes: mais de 50% das pessoas que trabalham hoje no Grupo Novonor entraram no grupo nestes últimos cinco anos, ou seja, depois do advento da Lava Jato. Além disso, 35% das nossas pessoas têm abaixo de 35 anos de idade, quase 50% abaixo de 45 anos de idade. De fato, há uma renovação muito grande que vinha clamando por essas novas pessoas", disse o dirigente.
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