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Com 'aperto' do MEC, Ufba estima atraso de bolsas para alunos já no próximo mês
Mais de 4.664 alunos já tiveram as bolsas reduzidas por causa dos cortes no primeiro semestre
Foto: Divulgação
A Pró-Reitora de Ações Afirmativas da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Cassia Bastos, afirmou nesta quarta-feira (12) que, a partir do próximo mês, alguns dos alunos que dependem da assistência estudantil podem ficar sem receber o auxílio, uma vez que o orçamento para o segundo semestre ainda não foi liberado pelo governo federal. De acordo com ela, parte dos alunos que já têm o direito de receber a bolsa precisariam esperar até a liberação do recurso.
No momento, mais de 4.664 alunos já tiveram as bolsas reduzidas por causa dos cortes no primeiro semestre. Segundo a pró-reitora, só no setor de assistência estudantil houve perda de mais de R$ 7 milhões no orçamento. "Como o restaurante universitário está fechado, a gente faz uma bolsa de R$ 400 só para alimentação. Esse valor precisou ser reduzido para R$ 200 para uma boa parte dos estudantes, porque o governo federal não disponibilizou recursos", explica.
Cassia afirma que o resultado direto desse cenário é uma evasão dos alunos que entram por ações afirmativas na universidade. "A nossa luta nesse momento é pelas ações afirmativas, porque a reserva de vagas para as classes populares na universidade é mantida pela assistência estudantil", afirma.
O governo federal reduziu o orçamento do Ministério da Educação (MEC) destinado às universidades públicas federais em 2021. Esse corte dos recursos afeta diretamente o funcionamento da Ufba, principalmente nas assistências estudantis.
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