Bahia
Lama da barragem de Mariana pode ter chegado ao sul da Bahia, diz Ibama
Dois meses após o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), o Ibama informou, nesta quinta-feira (7), que a lama de rejeitos de minério pode ter chegado ao sul da Bahia, inclusive à região do arquipélago de Abrolhos. A presidente do Ibama, Marilene Ramos, afirmou que, devido ao vento, a mancha que estava se espalhando em direção ao litoral sul do Espírito Santo também seguiu para o norte. [Leia mais...]
Foto: Paulo de Araújo/Ministério do Meio Ambiente
Dois meses após o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), – cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton –, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou, nesta quinta-feira (7), que a lama de rejeitos de minério pode ter chegado ao sul da Bahia, inclusive à região do arquipélago de Abrolhos, que é um dos principais santuários brasileiros de flora e fauna marinhos. A presidente do Ibama, Marilene Ramos, afirmou que, devido ao vento, a mancha que estava se espalhando em direção ao litoral sul do Espírito Santo também seguiu para o norte. “A mancha vinha se comportando na direção sul, mas nos últimos dois dias, em função da entrada de um vento sul muito forte, ela também se espraiou para o litoral norte e nós hoje fizemos um sobrevoo na região das praias do sul da Bahia e do parque de Abrolhos e já registramos a presença de lama que, pelo aspecto visual, pela forma que foi avistada nesse sobrevoo, tudo indica que seja a própria mancha, bastante diluída, que está se estendendo ao longo do litoral do Espírito Santo”, disse.
O acidente aconteceu em 5 de novembro de 2015, quando a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que não havia risco da lama chegar até Abrolhos. O rompimento da barragem provocou uma enxurrada de lama na região Central de Minas Gerais, que seguiu pelo Rio Doce, até chegar ao litoral do Espírito Santo, depois de ter passado e devastado municípios mineiros e capixabas. Ainda segundo a presidente do Ibama, a Samarco foi notificada para iniciar a coleta de amostras na região, com o objetivo de conhecer a origem da mancha identificada no local. O resultado deve ser divulgado num prazo de dez dias, de acordo com Marilene Ramos. Mesmo sem a confirmação oficial, ela disse, no entanto, que técnicos que conhecem o local "tiveram praticamente certeza" de que a lama visualizada é oriunda do desastre em Minas Gerais.
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