
Bahia
Associação tenta adiar cobrança de taxas para turistas que chegam à Praia do Forte
Decreto municipal institui tarifa para estacionamento de transportes de turismo

Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Mata de São João
Uma reunião entre o secretário de Turismo de Mata de São João, Alexandre Rossi, e 28 agências de turismo da Bahia, a maioria de Salvador, aconteceu nesta quinta-feira (19) para discutir a possibilidade de adiar a cobrança de uma taxa de entrada dos transportes turísticos que desembarcam em Praia do Forte.
A lei que inclui a taxa de estacionamento para os veículos que realizam as viagens turísticas foi atualizada em agosto deste ano, a partir de um decreto municipal de 2007, mas ainda não está sendo arrecadada. Os valores variam entre R$ 100, R$ 200 e R$ 300 para vans, microônibus e ônibus, respectivamente. De acordo com a prefeitura, um desconto de 50% já foi incluso na lei e pactuado com os transportes que atuam cotidianamente na região, já que estes pagarão taxas diárias e movimentam o turismo local.
Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), Jorge Pinto, o setor entende a mudança, mas deseja que o início da cobrança seja postergado para não afetar o turismo, que acabou de ser retomado, após quase um ano e meio de pandemia. “Houve essa mudança no decreto, mas nós conversamos muito com o secretário e ele vai levar [o pedido] para o prefeito João Gualberto para ver o que pode ser feito. Não seria nem tirar taxa, mas pelo menos um maior desconto, uma parceira, principalmente para as agências de Salvador, ou não colocar isso agora, no verão”, explica.
Conforme o secretário de Turismo, a implementação da taxa, com o estacionamento, tem como objetivo organizar e controlar o fluxo de turistas na Praia do Forte, além de inibir ações de ônibus piratas. Considerando a paralisação do setor, Rossi afirma que a exigência do valor poderá ser adiada, seguindo o pedido dos agentes.
"Podemos ver de postergar. Pediram que seja em janeiro de 2022. Estamos sensíveis à situação da pandemia, pode ser que isso aconteça, mas nada ainda está sacramentado. E já tem a própria lei, que fala já do desconto e as pessoas que têm cadastro no município estão insentas", diz.
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