
Bahia
Familiares e amigos de adolescente trans morta em Ibicaraí fazem manifestação
Lesionada com golpes de faca, a adolescente chegou a ser socorrida para um hospital da região, onde morreu

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Na tarde desta quinta-feira (4), as ruas de Ibicaraí, no sul da Bahia, ficaram cheias de bandeiras nas cores rosa, branca e azul, em protesto pela morte brutal da adolescente trans Kauana Vasconcelo, jovem de 16 anos assassinada a facadas. Entoando "Justiça", familiares e amigos da adolescente fizeram um cortejo para acompanhar o corpo de Kauana desde sua casa até o cemitério local.
Em fotos e vídeos publicados nas redes sociais, é possível ver cartazes que estampavam frases como "Bahia é o segundo estado que mais mata pessoas trans", "A cada três dias uma pessoa trans é assassinada no Brasil" e "Brasil é o país que mais mata trans" — estatísticas das quais Kauana passou a fazer parte.
A adolescente foi morta a facadas por três suspeitos na madrugada desta quinta-feira (3). Segundo informações de moradores, ela teria sido levada por um homem de moto para uma casa na Rua Nova, no bairro Corina Batista, onde outros dois homens ajudaram a esfaqueá-la. Ferida, ela foi deixada em um terreno baldio próximo.
De acordo com a Política Civil, a autoria, motivação e circunstâncias do homicídio de estão sendo investigadas pela Delegacia Territorial (DT) de Ibicaraí. Lesionada com golpes de faca, a adolescente chegou a ser socorrida para um hospital da região, onde morreu.
O assassinato causou forte reação nas redes sociais. “Hj perdemos uma filha, amiga, irmã, colega, hj choramos a dolorosa perda de um ser de luz, alegria e cheia de esperança, a família deixo o meus sentimentos e consolos e que nossa amada Kauana Vasconcelos siga sua jornada e se torne a estrela mais brilhante do céu! Meus sentimentos", diz uma usuária.
Líderes políticos também se manifestaram. "Kauana Vasconcelos, uma adolescente trans negra de 16 anos foi brutalmente estuprada, afogada e assassinada a facadas em Ibicaraí, no sul da Bahia. Mais uma vítima da transfobia estrutural naturalizada no Brasil e no mundo. Não podemos ignorar o que seu assassinato denuncia", publicou a vereadora Maria Marighella (PT) em seu perfil do Twitter.
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