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"Se o Rio não escreve, a Bahia não canta": No Dia do Samba, Metro1 relembra carreira do baiano Riachão

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"Se o Rio não escreve, a Bahia não canta": No Dia do Samba, Metro1 relembra carreira do baiano Riachão

Em entrevista à Rádio Metropole em novembro de 2017, Riachão relembrou o início de sua carreira e a relação da Bahia com o samba naquele período

"Se o Rio não escreve, a Bahia não canta": No Dia do Samba, Metro1 relembra carreira do baiano Riachão

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 02 de dezembro de 2023 às 10:01

Atualizado: no dia 02 de dezembro de 2023 às 10:41

Dia 2 de dezembro é dia não só de ouvir, mas também de celebrar o samba. A data marca o Dia Nacional do gênero musical, que está presente de norte a sul do Brasil, com os estilos e regionalidades mais diversos. Mas a versão reconhecida oficialmente é a que ele nasceu na Bahia. E aqui no estado, a história recente do samba tem nome e sobrenome: Clementino Rodrigues ou apenas Riachão.

O mais ilustre morador do bairro do Garcia faleceu aos 98 anos de causas naturais, em março de 2020. Pouco antes de sua morte, em 20 de novembro de 2017, Riachão relembrou, em entrevista à Rádio Metropole, o início de sua carreira e a relação da Bahia com o samba naquele período.

Na entrevista, o próprio Riachão lembra que o gênero musical havia saído da Bahia para o Rio de Janeiro e por lá tinha ficado. Era o samba carioca que se espalhava pelo país. Por isso, quando jovem, ele só cantava músicas compostas por artistas do Rio de Janeiro.

“Antigamente, eu só cantava músicas do Rio [de Janeiro]. Desde criança, [as] ouvia na vitrola. Nem todo mundo tinha vitrola, porque a pobreza era muito grande. Eu ouvia na casa do vizinho. Sempre fui uma criança com o dom da música, onde tinha música queria estar perto”, contou.

Foi quando trabalhava como alfaiate que algo lhe chamou atenção no Centro de Salvador: um recorte de revista na calçada com a frase "Se o Rio não escreve, a Bahia não canta". Aquela página de revista rasgada fez Riachão entrar na composição, iniciando um movimento que fortaleceu o samba baiano e o transformou em um dos maiores nomes do estilo músical no Brasil.

“Fique com aquilo na mente, se o Rio não escreve, a Bahia não canta. Terminei o trabalho na alfaiataria, 18h fui para casa com aquilo na mente, se o Rio não escreve, a Bahia não canta. Cheguei em casa com aquilo na mente, me ajeitei, tomei banho, dormi, quando acordei, aquilo na mente. Qual foi o resultado: "Eu sei que sou malandro, eu sei, conheço o meu proceder/ Deixe o dia raiar”, lembrou o sambista, cantando sua primeira composição, Eu Sou Baiano.

Confira um trecho da entrevista: