
Bahia
Em meio à crise, entidades lançam movimento em prol do comércio baiano
Empresários das principais entidades do comércio baiano se reuniram, na manhã desta quarta-feira (6), para detalhar o movimento "Por um Comércio mais Forte", na Casa do Comércio, em Salvador. [Leia mais...]

Foto: Camila Tíssia/Metropress
Empresários das principais entidades do comércio baiano se reuniram, na manhã desta quarta-feira (6), para detalhar o movimento "Por um Comércio mais Forte", na Casa do Comércio, em Salvador. O ato, previsto para acontecer na próxima terça-feira (12), tem como objetivo chamar a atenção da população e do poder público para a atual situação política e econômica do país, que reflete negativamente nos negócios e no setor produtivo.
Durante a reunião, o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas da Bahia (FCDL), Antoine Tawil, comentou os problemas relacionados aos altos impostos pagos, além de afirmar que a estabilização da economia depende de mobilização total dos empreendedores e da população. "Se não tiver financiamento, linha de crédito a longo prazo, se você não tem caixa pra enfrentar o pagamento dos impostos até o dia 5, o pagamento do aluguel, óbvio que as empresas tendem a fechar as portas. Não depende apenas do governo federal, depende de muitos outros para continuar a sobreviver até que se resolva o problema a nível nacional", afirmou.
Presente no evento, o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), Frutos Dias Neto, disse que o intuito do movimento é retomar os investimentos. Neto cobrou também mais sensibilidade do governo. "Estamos em uma crise muito forte. Não temos perspectiva enquanto não desatarmos esse nó político. Os políticos estão colocando seus interesses partidários acima dos interesses do país. São necessárias medidas emergenciais, não vão resolver o problema da economia, mas vão possibilitar que o empresário atravesse a crise sem falir. Crédito é fundamental e postergamento do pagamento de impostos também", afirmou.
De acordo com dados das entidades, 5 mil postos foram fechados na Bahia, 2 mil em Salvador. São 30 mil desempregados no estado, 18 mil na capital baiana nos setores do comércio e serviços.
Sobre o ato do dia 12 de abril, o presidente interino da Fecomércio-BA, Kelson Fernandes, reforçou que será um movimento ao longo do dia, mas ideia não é fechar lojas nem atrapalhar o trânsito da cidade. "Fizemos uma produção de 8 mil camisa e vamos tentar vestir todos os empresários e empregados, além de abrir faixas em sinaleiras próximas aos shoppings. Queremos um comércio mais forte, com mais vendas e empregos", disse.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.