Retorno do São João deve ter trânsito intenso e filas na BR-324

O retorno para Salvador após os festejos de São João deve ser mais lento em 2025. Com o feriadão prolongado desde a quarta-feira (18), véspera de Corpus Christi, mais motoristas se espalharam pelas estradas em dias diferentes. No entanto, a volta promete ser concentrada entre a tarde desta terça-feira (24) e a quarta-feira (25), segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“O fluxo esperado para o retorno é maior. Por ser o maior São João dos últimos tempos, com mais dias, não seria errado dizer que a expectativa de retorno também é maior", afirmou o inspetor Brasil Rocha. Ele estima que este pode ser o feriado com maior movimento na BR-324 desde a pandemia.

Embora o tráfego de saída tenha sido diluído até o último sábado (21), a PRF alerta para os riscos da volta, especialmente com motoristas cansados após dias de festa. “Os condutores só devem retornar depois de um descanso e tentar manter uma velocidade moderada. Não devem tentar compensar o congestionamento acelerando”, orientou Rocha.

A BR-324 segue sem cobrança de pedágio desde a suspensão do contrato com a ViaBahia, no mês passado, o que também impediu a contagem oficial de veículos na rodovia. A PRF também chama atenção para buracos em alguns trechos, agravados pelas chuvas recentes.

Alternativas e ferry-boat

Apesar de a BR-324 ser a principal via de acesso a Salvador, há opções alternativas — embora mais demoradas em dias normais. Quem estiver na região de Santo Antônio de Jesus, por exemplo, pode seguir para o terminal de Bom Despacho, na Ilha de Itaparica, e fazer a travessia de ferry-boat. Nesta segunda-feira (23), quatro embarcações operavam com tempo médio de espera entre 60 e 90 minutos, segundo a Internacional Travessias.

Até mesmo quem vem de Feira de Santana pode usar essa rota: é preciso seguir pela BR-324 por cerca de 15 km até a saída para a BR-101, em direção ao distrito de Humildes.

A PRF reforça que, diante da expectativa de engarrafamento, a paciência é essencial. “A ansiedade pode ser tão perigosa quanto o cansaço ao volante”, alertou Rocha.