
Bahia
Arquivo Público da Bahia utiliza IA para reconstruir rostos de pessoas escravizadas e libertas
Metodologia inclui digitalização de passaportes, transcrição paleográfica, e levantamento iconográfico, utilizando fotos, gravuras e pesquisas acadêmicas

Foto: Divulgação/FPC
O Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), vinculado à Fundação Pedro Calmon, lança o Projeto Fragmentos de Memória, dentro do programa Resgate Ancestral. A iniciativa visa humanizar os registros de pessoas escravizadas na Bahia Colonial e Imperiais, transformando descrições burocráticas em retratos dignos. A metodologia inclui digitalização de passaportes, transcrição paleográfica, e levantamento iconográfico, utilizando fotos, gravuras e pesquisas acadêmicas. O lançamento foi divulgado pelo Governo do Estado nesta segunda-feira (28).
O projeto, sob direção de Jorge X, segue com a criação de retratos digitais, alimentados por dados históricos e visuais, com o auxílio de inteligência artificial (IA). Parcerias estratégicas, como com o estúdio Filmeiro e o ateliê Memória & Arte, garantem a qualidade do trabalho, com a transcrição dos documentos e a criação das imagens. A fase atual consiste na coleta e restauração de recursos visuais, como fotografias e gravuras, que servirão de base para as gerações de IA.
As imagens produzidas até agora são preliminares, e o lançamento final ocorrerá após validação histórica. Entre julho e setembro de 2025, o banco de dados será ampliado, com geração em maior escala e ajustes finais. A curadoria colaborativa será realizada em outubro e o resultado final do projeto será apresentado em novembro de 2025.
O objetivo do projeto é devolver identidade e dignidade a indivíduos frequentemente representados por números e descrições impessoais, um gesto de justiça simbólica.
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