
Bahia
Doença viral ameaça ararinhas-azuis na Bahia; ICMBio anuncia medidas emergenciais
Reintrodução da espécie é interrompida por causa do circovírus

Foto: Acervo ICMBio
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) adotou ações emergenciais após identificar infecções por circovírus em ararinhas-azuis de vida livre em Curaçá, na região norte da Bahia. O vírus, causador da Doença do Bico e das Penas dos Psitacídeos (PBFD), nunca havia sido registrado em aves silvestres no Brasil. A gravidade do caso levou à suspensão temporária da reintrodução de novos indivíduos prevista para julho.
Entre as medidas, estão o recolhimento dos animais para exames, isolamento de casos suspeitos, desinfecção de áreas de manejo e reforço nos protocolos sanitários. O número exato de aves infectadas ainda é desconhecido, pois os testes não foram concluídos. Até o momento, não há evidências de infecção em outras espécies silvestres.
A doença, considerada letal, manifesta-se em três formas conforme a idade da ave: precoce, aguda e crônica. Os sintomas incluem diarreia, deformações nas penas e bico inflamado. A expectativa de vida após o contágio varia de seis a doze meses, sem possibilidade de cura conhecida até o momento.
O vírus não representa risco à saúde humana nem a aves de criação como galinhas ou patos. Em Curaçá, vivem atualmente 11 ararinhas-azuis em liberdade, parte do grupo solto em 2022 como parte do programa de reintrodução da espécie na Caatinga.
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