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Alba determina apuração após polêmica sobre obras afro ocultadas em evento gospel

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Alba determina apuração após polêmica sobre obras afro ocultadas em evento gospel

AFA denuncia intolerância religiosa ao MP, e Alba afirma não ter recebido denúncia formal até o momento

Alba determina apuração após polêmica sobre obras afro ocultadas em evento gospel

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por: Metro1 no dia 14 de novembro de 2025 às 13:39

Atualizado: no dia 14 de novembro de 2025 às 13:56

A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) se posicionou a respeito do episódio em que telas de uma exposição que homenageia a cultura afro com imagens de orixás foram viradas de costas durante um evento gospel em um dos salões da Casa. Em nota enviada ao Metro1, a Alba informou que determinou a apuração do caso, mas ainda não recebeu nenhuma denúncia específica. 

“A Alba repudia de forma veemente qualquer tipo de discriminação, preconceito ou intolerância religiosa, reafirmando seu compromisso com o respeito à diversidade, à liberdade de crença e aos valores democráticos que regem a convivência social. A Presidência da Casa determinou a imediata apuração dos fatos para esclarecer o ocorrido, ainda que nenhuma denúncia formal tenha sido registrada junto à instituição até o momento”, disse a Casa em nota. 

Na última terça-feira (11), a Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-Ameríndia (AFA) denunciou, em ofício enviado ao Ministério Público da Bahia, o que classificou o caso, classificando como um ato “vergonhoso de intolerância e racismo religioso”. Ao Metro1, o presidente da Associação, Leonel Monteiro, disse que solicitou ao Ministério Público da Bahia (MP) apoio para identificar os responsáveis pelo episódio, apurar a participação da presidência da Alba e ter acesso às imagens do circuito de câmeras de segurança. 

A assessoria de comunicação da Casa, no entanto, informou que a Alba ainda não foi oficiada pelo MP. 

“A Assembleia Legislativa da Bahia reitera que é um espaço plural, aberto à expressão de todas as manifestações culturais e religiosas, em consonância com os princípios constitucionais e com o espírito de convivência pacífica que caracteriza o povo baiano”, completou a Alba.