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Oito investigados por grilagem têm prisão preventiva decretada em Feira de Santana

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Oito investigados por grilagem têm prisão preventiva decretada em Feira de Santana

Ministério Público aponta atuação integrada de empresários, policiais e servidores cartorários em esquema de ocupação ilegal e vendas fraudulentas de imóveis

Oito investigados por grilagem têm prisão preventiva decretada em Feira de Santana

Foto: Divulgação/MP-BA

Por: Metro1 no dia 05 de dezembro de 2025 às 15:49

Oito pessoas investigadas por integrar uma organização criminosa especializada em grilagem e comercialização ilegal de imóveis em Feira de Santana tiveram a prisão preventiva decretada. Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), o grupo ocupava propriedades de forma ilegal, intimidava donos com violência e ameaças, falsificava documentos e vendia bens usando registros imobiliários fraudados.

As prisões foram autorizadas pela Justiça após pedido do MP-BA. A investigação começou a partir de uma representação que detalhava um esquema envolvendo empresários da construção civil, policiais civis e militares, servidores cartorários e advogados. O caso é apurado com apoio do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).

A denúncia descreve a atuação articulada de três núcleos: cartorário, policial e empresarial/imobiliário. O núcleo cartorário seria responsável por produzir a documentação que sustentava as transações ilegais, incluindo matrículas e registros supostamente manipulados. Já o núcleo policial atuaria na proteção armada do grupo e na coerção contra vítimas.

A parte empresarial e jurídica cuidaria da viabilidade econômica das negociações irregulares e da formalização de escrituras e contratos simulados. De acordo com o MP, o esquema tinha “elevado grau de sofisticação, estabilidade e capacidade de reiteração delitiva”.

Além das oito prisões preventivas, o Judiciário determinou medidas cautelares para outros 11 investigados, como comparecimento periódico em juízo, proibição de acesso a cartórios, restrição de saída da comarca e impedimento de contato com testemunhas. Três alvos dos núcleos cartorário e jurídico também terão de usar tornozeleira eletrônica. Foram impostas, ainda, suspensões de função pública e proibição de atuar em atividades ligadas ao setor imobiliário e à advocacia nos casos indicados.