Mário Kertész participou, nesta sexta-feira, da Semana do Ministério Público 2025, evento que reuniu autoridades e representantes da sociedade civil para discutir os desafios institucionais do país. A presença de Kertész encerrou a programação com a proposta de promover “diálogos e construções” sobre o papel do Ministério Público e da sociedade na implementação dos direitos fundamentais, tema central desta edição.
O radialista abordou temas como tecnologia, atuação do poder público, educação, mobilidade urbana e desigualdades sociais. Durante o discurso, MK analisou o atual cenário do país e afirmou que a elite, “por ação ou omissão”, ajudou a construir o Brasil de hoje, um país com potencial e qualidades evidentes, mas marcado por uma desigualdade “brutal, cruel e racista”.
Segundo ele, o país vive sob a falsa ideia de um estado de paz. “Não vivemos”, disse, ao reforçar que a mudança depende do engajamento de cada um. Para MK, a responsabilidade recai especialmente sobre aqueles que compõem a elite, seja ela "financeira, econômica, cultural ou educacional", disse.
Ao tratar da educação, MK defendeu mudanças profundas no modelo adotado atualmente e criticou soluções superficiais. Segundo ele: “Nós vamos fazer uma revolução educacional em Salvador e na Bahia. Mas não é com o sistema convencional, nem tampouco pensar que é coisa de Paulo Freire, de comunista, nada. [...] Trazer especialistas do Brasil ou do mundo, se for necessário, para darmos um choque na educação, usando todos os meios. Não adianta distribuir tablets para alunos, não resolve nada, sem enganação.”