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Promotor critica saída temporária de presos: "ele vai roubar na rua"

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Promotor critica saída temporária de presos: "ele vai roubar na rua"

Defensor da não liberação de presidiários em datas comemorativas, como o Dia dos Pais, por exemplo, o promotor de Justiça Davi Gallo, afirmou, durante entrevista a José Eduardo, na Rádio Metrópole, na manhã desta sexta-feira (12), que as liberações temporárias não são "concedidas com critério". Na opinião do promotor, a saída dos presos em períodos semelhantes é sinônimo do aumento da violência. [Leia mais...]

Promotor critica saída temporária de presos: "ele vai roubar na rua"

Foto: Agência Brasil

Por: Gabriel Nascimento no dia 12 de agosto de 2016 às 11:30

Defensor da não liberação de presidiários em datas comemorativas, como o Dia dos Pais, por exemplo, o promotor de Justiça Davi Gallo, afirmou, durante entrevista a José Eduardo, na Rádio Metrópole, na manhã desta sexta-feira (12), que as saídas temporárias não são "concedidas com critério". Na opinião do promotor, a soltura dos presos em períodos semelhantes é sinônimo do aumento da violência. "Vejo estupradores, ladrões, todos nas ruas. A coisa é feita de forma irresponsável e atabalhoada. Se um cara desse sai no Dia dos Pais, ele não vai passar com ninguém, ele vai roubar na rua", afirmou.

Reforçando as críticas em relação a falta de regras na saída dos detentos, Gallo lamentou. "Infelizmente, todo o tipo de preso vai sair e em muitas dessas saídas não voltam. Não são executados os pré-requisitos. Procura ver quem são os presos que vão sair. Até mesmo a jurisprudência dos tribunais favorecem os réus. Você vai ver que saem estupradores, latrocidas e vão fazer as mesmas coisas que fizeram antes", alertou.

Ainda segundo o promotor, o "crime se profissionalizou". "Os grandes chefes estão dentro dos presídios. As ordens para matar saem de lá. Eles continuam proderosos mesmo dentro dos presídios. Tem presos com regalias, com telefone celular. Eu não acredito em ressocialização, isso é usado para defender bandido", disse. "Precisamos de uma legislação forte e dura. Vejo promotores e juízes pensando: 'É um ser humano'. Não vou tratar com carinho um cara que estupra e mata. Se eu puder, ele vai passar o resto da vida preso, para proteger a sociedade", finalizou.

De acordo com a legislação, para conseguir a saída temporária, o detento precisa estar respondendo a processo em regime semi-aberto e ter bom comportamento.