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PF deflagra operação contra comércio ilegal de armas em três cidades baianas

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PF deflagra operação contra comércio ilegal de armas em três cidades baianas

Com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada para o comércio ilegal de armas de fogo na Bahia, a Polícia Federal deflagra na manhã desta terça-feira (8) a Operação Hefestus. Cerca de 40 policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, Feira de Santana e Serrinha. [Leia mais...]

PF deflagra operação contra comércio ilegal de armas em três cidades baianas

Foto: Divulgação

Por: Camila Tíssia no dia 08 de novembro de 2016 às 06:44

Com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada para o comércio ilegal de armas de fogo na Bahia, a Polícia Federal deflagra na manhã desta terça-feira (8) a Operação Hefestus. Cerca de 40 policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, Feira de Santana e Serrinha. 

De acordo com apurações, o grupo fraudava processos administrativos de aquisição e registro de armas de fogo da própria Polícia Federal, com o objetivo de “esquentar” as suas vendas ilegais. Com isso, os criminosos contavam com o auxílio de uma loja de armas legalmente constituída, além de despachantes, instrutores de tiro e até mesmo 
servidores públicos, sendo um deles integrante da própria Polícia Federal. 

As investigações apontaram também que essa loja de armas, sediada em Feira de Santana, vendeu, num período de apenas um ano, mais de 50 armas de fogo (pistolas calibre 380) sem autorização da Polícia Federal. No entanto, estima-se que o número de armas ilegalmente vendidas deva ser muito maior. A PF já recuperou sete pistolas calibres 380 vendidas ilegalmente para os beneficiários do esquema na Bahia. Os demais detentores das armas adquiridas irregularmente já foram identificados.

Os envolvidos vão responde por diversos crimes, entre eles integrar organização criminosa, comércio ilegal de arma de fogo, posse irregular de arma de fogo de uso permitido, inserção de dados falsos em sistemas de informações e falsidade ideológica , com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 30 anos de prisão. 

Além disso, também foi determinada pela Justiça Federal a suspensão do exercício da função pública dos servidores públicos envolvidos no esquema e a suspensão das atividades econômicas tanto da loja quanto de um instrutor de tiro que, segundo apurado, fornecia comprovantes falsos de capacidade técnica para manuseio de arma de fogo para pessoas que não realizavam os testes necessários. Mais informações serão esclarecidas no posto da Polícia Federal em Feira, onde haverá uma coletiva de imprensa marcada para às 10h.