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Secretaria pede apuração sobre vídeo de racismo e de intolerância no Carnaval

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Secretaria pede apuração sobre vídeo de racismo e de intolerância no Carnaval

A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) pediu apoio à Secretaria de Segurança Pública (SSP) para apurar sobre a publicação de um vídeo no Youtube, intitulado "Criaturas estranhas no Carnaval 2017". O vídeo, publicado no último dia 24 de fevereiro, reúne abordagens de racismo e ódio religioso, segundo a secretaria. [Leia mais...]

Secretaria pede apuração sobre vídeo de racismo e de intolerância no Carnaval

Foto: Reprodução/YouTube

Por: Matheus Simoni no dia 04 de março de 2017 às 09:52

Atualizado: no dia 04 de março de 2017 às 09:53

A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) pediu apoio à Secretaria de Segurança Pública (SSP) para apurar sobre a publicação de um vídeo no Youtube, intitulado "Criaturas estranhas no Carnaval 2017". O vídeo, publicado no último dia 24 de fevereiro, reúne abordagens de racismo e ódio religioso, segundo a secretaria. O material foi publicado pelo canal "Trump TV", que utilizou imagens da transmissão da TVE no Carnaval de Salvador com ofensas a artistas, blocos, apresentadoras e personalidades negras.

Durante o vídeo, com duração de seis minutos, uma voz distorcida é utilizada nas narrações, que classificam as personalidades como "demônios reais, disfarçados de sambistas". As imagens dos cantores Aloísio Menezes, Gal do Beco, do presidente do Olodum, João Jorge, além da apresentadora Vânia Dias e diversos foliões são utilizadas repetidas vezes.

Em ofício encaminhado na última sexta-feira (3) ao secretário da SSP, Maurício Barbosa, a titular da Sepromi, Fabya Reis, solicitou apoio na investigação sobre os responsáveis pela prática. "Informamos que seguiremos firmes no cumprimento da sua missão institucional de defesa da população negra baiana. Durante o Carnaval 2017, inclusive, a Sepromi atuou com o serviço do Centro Nelson Mandela Itinerante, através do qual montamos posto fixo de atendimento, equipes de monitoramento e campanha de sensibilização em todos os circuitos, num esforço integrado com a Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa. Esta instância, também formada pelos órgãos do Sistema de Justiça, será envolvida diretamente no acompanhamento do referido episódio", destacou a secretária.