Com metade dos municípios em emergência, seca deve piorar nos próximos anos
O último balanço feito pela Superintendência de Defesa Civil da Bahia (Sudec) mostrou que metade dos municípios baianos estão em situação de emergência por conta da seca. Em entrevista à Mário Kertész nesta segunda-feira (20), o engenheiro Civil, PHD em Engenharia Química e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Asher Kiperstok, avaliou os panoramas da seca [Leia mais...]
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Por Bárbara Silveira e Matheus Morais no dia 20 de Março de 2017 ⋅ 08:26
O último balanço feito pela Superintendência de Defesa Civil da Bahia (Sudec) mostrou que metade dos municípios baianos estão em situação de emergência por conta da seca. Em entrevista à Mário Kertész nesta segunda-feira (20), o engenheiro Civil, PHD em Engenharia Química e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Asher Kiperstok, avaliou os panoramas da seca.
De acordo com Kiperstok, 40% da água tratada em Salvador não chega as torneiras e a situação tende a piorar no futuro. “Ainda não se abriu os olhos para as mudanças climáticas. Se fala apenas em medidas de mitigação. Precisamos adaptar. Todos os modelos apontam para uma situação pior e mais grave de seca. Essa seca é a melhor, porque daqui para frente vai ser bem pior. As outras vão ser piores que essa. Os governos fazem seus investimentos, fazem grandes obras de engenharia para trovar canos etc. O recomendável é que se renove de 2 ou 3% da água ao ano”, disse.
Segundo o professor, o uso indevido da água é um dos principais problemas. ”As perdas de água são grandes, entre eles os gatos. Isso também é um problema da companhia com os usuários. Nós não temos informações sobre perdas. O primeiro passo é ser honesto e reconhecer que temos um problema. Depois trabalhar nele”, completou.