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UFSB vai reduzir gastos com pesquisa para pagar contas de energia e água

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UFSB vai reduzir gastos com pesquisa para pagar contas de energia e água

Universidade baiana foi a mais atingida pelo bloqueio de verbas do governo do presidente Jair Bolsonaro, com 54% de recursos contigenciados

UFSB vai reduzir gastos com pesquisa para pagar contas de energia e água

Foto: Mateus Pereira/ GOVBA

Por: Juliana Almirante no dia 19 de maio de 2019 às 09:00

A reitoria da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) anunciou, em nota, que será obrigada a reduzir o percentual de recursos para pesquisa e extensão no patamar de 30%, na tentativa de pagar os contratos de pessoal terceirizado, energia e água. Os serviços são considerados essenciais para o funcionamento da instituição.

A universidade baiana foi a mais atingida pelo bloqueio de verbas do governo do presidente Jair Bolsonaro, com 54% de recursos contigenciados. 

Conforme a reitoria, o chamado orçamento discricionário, referente aos recursos que a gestão da universidade pode decidir como utilizar a partir de suas demandas próprias, é de R$ 31.529.663. Desse total, que inclui tudo o que pode ser aplicado em termos de custeio e investimento, foram bloqueados R$ 17.014.631, o que equivale ao percentual de 54%. Não fazem parte do orçamento discricionário o pagamento de salários, encargos trabalhistas, aposentadorias e pensões.

Todo o orçamento da UFSB referente a custeio para 2019 é de R$17.620.589. Desse total, foram bloqueados R$5.213.565, o que corresponde ao percentual de 30%. No entanto, deve ser descontado do total para custeio o valor de R$3.012.800, destinado ao Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que não sofreu nenhum corte até o momento. Portanto, descontado o valor do PNAES, o total do orçamento de custeio sobre o qual incidiu o bloqueio é de R$14.607.789, o que corresponde a 36%.

Quanto às despesas de investimento (obras, equipamentos, mobiliário, material permanente) do valor total previsto para liberação em 2019, R$13.909.074, foram bloqueados R$11.801.066, o que corresponde ao percentual de 85%. Desse valor, R$10.897.634 são provenientes de emendas parlamentares, que estão 100% bloqueadas. A universidade dispõe de apenas R$2.108.008 para as despesas de investimento.

"As bolsas e auxílios de Assistência Estudantil serão mantidos integralmente, e a gestão se compromete a resistir ao máximo para que não sejam afetados e para que as políticas institucionais de inclusão não apenas permaneçam, mas sejam incrementadas", diz o comunicado.