Bahia
Badaró alerta para falta de precisão dos testes por coronavírus
Na avaliação do infectologista, novo teste desenvolvido por cientistas americanos pode ser eficaz para mapear contágio da Covid-19
Foto: Matheus Simoni/Metropress
O médico infectologista Roberto Badaró comentou a importância do desenvolvimento de novos testes para detectar o coronavírus na população. Até o momento, dois métodos de testagem estão em utilização pelas autoridades sanitárias: teste RT-PCR (colheita de saliva e secreção nasal) e sorológico (análise sanguínea para detecção de anticorpos). De acordo com Badaró, em entrevista a Nardele Gomes na Rádio Metrópole hoje (25), é necessário lidar com atenção.
"Raciocinamos isso como uma coisa absoluta. Todo teste tem problemas de sensibilidade e especificidade. Sensibilidade é a capacidade dele achar os positivos entre as pessoas que verdadeiramente têm a Covid. Especificidade é dizer que é negativo entre aqueles que realmente não têm a Covid. Há muito problema com falso negativo para os positivos e falso positivo para os negativos. É um desafio muito grande para qualquer teste", declarou o infectologista.
Badaró ainda comentou a criação de um novo teste para Covid-19, que está em desenvolvimento por autoridades americanas. Em média, o teste mais eficaz demora cerca de quatro horas para ficar pronto, o que impede a utilização de uma testagem em massa da população.
"Estão trabalhando para melhorar a sensibilidade desse teste para que, em dois ou três meses, a gente tenha um teste rápido para saber na hora se a pessoa está com coronavírus. Com esses dois testes que nós temos, ainda temos esse problema de pessoas que não têm nada. A gente sabe que pessoas assintomáticas podem não ter nada, com PCR positivo, e que nunca fazem anticorpo", disse.
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